
“Não me quer levar nadinha?” A pergunta, em tom de pregão, serve para chamar os ‘fregueses’ para comprarem os produtos que as mulheres do Rancho Folclórico Vale do Homem, sediado na freguesia vilaverdense de Lanhas trouxeram para a XI feira tradicional da Festa das Colheitas de Vila Verde.
O Rancho Vale do Homem estreou-se, o ano passado, na Festa das Colheitas e, no seu primeiro aniversário, os seus elementos vestiram-se a rigor para participar na feira que pretende ‘reviver o passado’.
Batatas, cebolas, abóboras, feijão, nabiças, maçãs e marmelada foram alguns dos produtos que o Rancho trouxe para a feira. Foram oferecidos por pessoas da terra e o dinheiro angariado é para apoiar as actividades do grupo folclórico.
Custódia Costa, de 68 anos, trouxe broa caseira, cozida por ela própria, para vender na feira tradicional, juntamente com ovos, feijão e castanhas, tudo produzido na freguesia de Pedregais, onde reside.
Custódia Costa já costuma participar no certame. Traz sempre broa, que coze “a cada passo” no forno de lenha.
Também caseiros são os doces de romaria que Maria Madalena, de Cabanelas, trouxe para a feira.
Entre cestos e sacos de pano, lá se alinharam as vendedoras, na maioria trajadas à moda antiga.
Pelo meio dos pregões, uma voz masculina: agricultor e distribuidor de pão, Luís Carlos da Silva Cunha, veio de Carreiras S. Miguel com os chouriços caseiros, pêras, maçãs e kiwis para vender e vinho caseiro para oferecer aos clientes.
“Correu muito bem” confe ssou Luís Cunha que a meio da tarde já pouco tinha para vender.
Pela primeira vez na feira, Goreti Pereira e a sua filha de 16 anos, Liliana, venderam frangos e faisões que atraíram muitos clientes, ou pelo menos, muitos curiosos que se aproximaram para apreciar as aves de capoeira.
No dia dedicado à Agro-Pecuária, foram muitos os que ontem acorreram ao recinto da Festa das Colheitas, onde estiveram a concurso a broa e o frango caseiro, depois de nos dias anteriores terem decorrido os concursos do mel, doces típicos - na categoria de marmelada - e o artesanato.
Foi uma mulher de 90 anos que conquistou o 1.º prémio no concurso da broa. Josefa Martins, de Goães, que cozeu a broa que mais agradou ao júri.
A concurso estiveram 12 broas.
O concurso do frango contou com 21 concorrentes.
Marcelo Dias, de Godinhaços, conquistou o 1.º prémio.
Vários concursos
Ontem, foram entregues os prémios aos vencedores dos vários concursos.
No concurso do artesanato, destaque para o ‘Jovem artesão revelação’ atribuído a Ana Rita Fernandes Barbosa.
O presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, António Vilela, confirmou a intenção de “promover o artesanato local”, o que também se consegue através do reconhecimento dos artesãos.
O edil vilaverdense destacou a “excelente qualidade de todos os produtos” apresentados a concurso e deu os parabéns, não só aos vencedores, mas a todos os que marcaram presença.
Neste contexto, apelou a todos para “continuarem a participar”. Fonte Correio do Minho por Teresa M. Costa
0 comentários:
Enviar um comentário