Vila de Prado: Recebeu marcha de protesto do Bloco de Esquerda


O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, disse, hoje, em Braga que "os ataques que José Sócrates fez sábado em Guimarães à esquerda, se dirigiam também a Manuel Alegre que votou contra o novo Código do Trabalho".

"Quando Sócrates diz que a esquerda é retrógrada e conservadora está a atacar não só o Bloco de Esquerda, mas também deputados e militantes do PS que não concordam com um código de trabalho que foi feito para agradar aos patrões, sobretudo aos das grandes empresas", afirmou.

O dirigente partidário falava aos jornalistas durante a marcha contra a precariedade do emprego que o BE hoje realizou no distrito de Braga, com início em Guimarães, passagem por Prado em Vila Verde e términus num comício no centro de Braga.

"O novo slogan do PS, "A força da mudança", significa apenas que o PS está a mudar para governar de acordo com os interesses dos grandes patrões, como o Américo Amorim, da Galp, que continua a enriquecer à custa dos bolsos dos cidadãos ao não baixar o preço da gasolina", afirmou.

Disse que José Sócrates "está cada vez mais afastado da realidade do país, senão teria visto que no Vale do Ave, há dezenas de milhares de desempregados, dos quais, uma grande maioria não tem subsídio de desemprego, e outra é composta por jovens licenciados".

"É bom sinal que o primeiro-ministro ataque a esquerda por defender a continuação do estado social em Portugal, por estar contra a destruição do Serviço Nacional de Saúde e dos serviços e empresas públicas", afirmou.

Considerou que "os portugueses compreenderam já, que o novo Código de Trabalho apenas interessa a empresas como a Galp, a EDP e outras que sempre pediram o despedimento livre, a redução de salários e os contratos precários".

Apelidou de "estranho" que uma das oradoras do comício socialista de sábado em Guimarães tenha sido a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que se distinguiu no Governo por "perseguir os professores, esquecendo-se de que, sem eles não há escola pública que funcione com qualidade".

Louçã garantiu que o BE continuará a ser de esquerda, "uma esquerda moderna que defende o Estado Social e políticas de emprego para todos, e que é capaz de criar um projecto alternativo e viável de Governo". Fonte Visão por LM.


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