Um estudo do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho (UM), feito no Baixo Minho entre 2001-06, num total de 2328 inquéritos de 125 questões, concluiu que apenas Cabanelas/Oleiros (Vila Verde) supera Barcelos no racismo, discriminação e preconceito.
Embora as minorias “também se auto-excluam”, surgem “casos de excepção”, como a integração por via escolar (página ao lado) ou laboral e atitudes de civismo a fintar das lógicas de rejeição, explica ao BP o docente barcelense Manuel Carlos Silva, director do Departamento de Sociologia da UM e co-orientador da investigação. Na terra do galo avaliou-se os bairros sociais de Arcozelo, Barcelos e sobretudo Barqueiros, pela socióloga Carla Sofia Cid. Amares, Cabeceiras de Basto, Esposende, Guimarães ou Vieira do Minho foram outros municípios focados.
Perduram anedotas depreciativas ou ditos como “É mandá-los para o mar”, “são como animais”, “é raça maldita a desaparecer”, “nem os cães gostam deles”. “O racismo cultural resiste dentro da nação, sobretudo nas pessoas menos formadas, evita-se proximidade ou intimidade, há respeito na aparência”, vinca o perito, baseado na posição entre partes nas relações, habitação e emprego.
Continua-se a negar trabalho e recusar casa por causa da cor da pele, ainda uma marca de inferioridade e incapacidade, e a olhar com maus olhos casamentos entre brancos e negros ou brancos e ciganos (5 por cento do total), realça Carlos Silva. Quatro em cinco cento barcelenses nunca levaram imigrantes nem ciganos a sua casa, e vice-versa. Curiosamente, só 4 por cento foram maltratados/incomodados por ciganos, “mas está enraizada a ideia secular do ladrão, mentiroso, agora traficante”.
“É tido como corpo estranho que atenta à suposta harmonia e segurança. Um grupo restrito de ciganos liga-se ao tráfico de droga e crimes, mas generalizar é preconceito”, elucidou o docente. Acrescente-se que, no concelho nunca houve nos últimos tempos violência do povo contra a instalação de famílias ciganas.
A investigação não incidiu sobre cidadãos brasileiros ou do leste europeu, embora no primeiro caso haja “associação à prostituição” e, no segundo, a “isolamento e precaridade”. Todavia, a cor de pele e a maior formação reduzem a discriminação. Fonte Site Barcelos Popular por Nuno Passos/Francisco Fonseca
Embora as minorias “também se auto-excluam”, surgem “casos de excepção”, como a integração por via escolar (página ao lado) ou laboral e atitudes de civismo a fintar das lógicas de rejeição, explica ao BP o docente barcelense Manuel Carlos Silva, director do Departamento de Sociologia da UM e co-orientador da investigação. Na terra do galo avaliou-se os bairros sociais de Arcozelo, Barcelos e sobretudo Barqueiros, pela socióloga Carla Sofia Cid. Amares, Cabeceiras de Basto, Esposende, Guimarães ou Vieira do Minho foram outros municípios focados.
Perduram anedotas depreciativas ou ditos como “É mandá-los para o mar”, “são como animais”, “é raça maldita a desaparecer”, “nem os cães gostam deles”. “O racismo cultural resiste dentro da nação, sobretudo nas pessoas menos formadas, evita-se proximidade ou intimidade, há respeito na aparência”, vinca o perito, baseado na posição entre partes nas relações, habitação e emprego.
Continua-se a negar trabalho e recusar casa por causa da cor da pele, ainda uma marca de inferioridade e incapacidade, e a olhar com maus olhos casamentos entre brancos e negros ou brancos e ciganos (5 por cento do total), realça Carlos Silva. Quatro em cinco cento barcelenses nunca levaram imigrantes nem ciganos a sua casa, e vice-versa. Curiosamente, só 4 por cento foram maltratados/incomodados por ciganos, “mas está enraizada a ideia secular do ladrão, mentiroso, agora traficante”.
“É tido como corpo estranho que atenta à suposta harmonia e segurança. Um grupo restrito de ciganos liga-se ao tráfico de droga e crimes, mas generalizar é preconceito”, elucidou o docente. Acrescente-se que, no concelho nunca houve nos últimos tempos violência do povo contra a instalação de famílias ciganas.
A investigação não incidiu sobre cidadãos brasileiros ou do leste europeu, embora no primeiro caso haja “associação à prostituição” e, no segundo, a “isolamento e precaridade”. Todavia, a cor de pele e a maior formação reduzem a discriminação. Fonte Site Barcelos Popular por Nuno Passos/Francisco Fonseca
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