Portugal: Campanha do Referendo ao Aborto já juntou 260 mil assinaturas


A mobilização social originada pelo referendo sobre o aborto que se realiza em Fevereiro levou os vários movimentos a recolher cinco vezes mais assinaturas do que na consulta popular sobre o mesmo tema realizada em 1998.

De acordo com dados da Comissão Nacional de Eleições (CNE), no actual processo em curso foram reunidas as assinaturas de 260 mil cidadãos, enquanto há sete anos o total de subscritores das diversas organizações civis se ficou pelas 50 mil.

O presidente da CNE, João de Barros Caldeira, considerou, em declarações à agência Lusa, que a grande quantidade de assinaturas recolhidas indica que «os grupos de cidadãos e os partidos se mobilizaram para trazerem o maior número de subscrições, dando a noção de grandeza da votação que poderá haver».

Também o número de organizações que formalizaram a entrega do processo que lhes possibilita participar nos tempos de antena disparou, atingindo agora as 21, o triplo das sete registados em 1998.

Outra alteração significativa detectada depois de concluído o período de entrega de candidaturas na CNE é a diferença entre os movimentos que apel am ao voto no Não à Interrupção Voluntária da Gravidez (15) e os que se batem pelo Sim (seis).

Comparados com os números de 1998, regista-se que as organizações sociais defensoras do Não quase quadruplicaram para a consulta de 11 de Fevereiro: das quatro de então passou-se agora para 15.

No caso do Sim, a mobilização aumentou, mas bastante menos: os três registos feitos na CNE há sete anos subiram o dobro, para seis. Fonte Portugal Diário

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