Chama-se Rio do Prado, é uma unidade de turismo de natureza situada em Óbidos e faz da ecologia e sustentabilidade o seu lema. Com 15 alojamentos semi-enterrados – para não serem notados na paisagem – o hotel tem no seu grande jardim um dos seus ex-libris.
“Foi uma questão de geotermia natural. Queríamos que a amplitude térmica fosse a melhor possível, e a terra favorece-nos em relação ao ar”, frisou ao Economia Verde um dos responsáveis do projecto, Telmo Faria.
O Rio do Prado começou a desenvolver o seu conceito de sustentabilidade desde o primeiro momento, através do estudo do que passava à volta do terreno. Com a construção assegurada, foram também desenvolvidas pequenas acções que ajudaram à sustentabilidade final.
Assim, a decoração é feita com materiais antigos, a água dos banhos é aquecida por painéis solares e reutilizada. “Temos uma ETAR para isso. Depois, essa água reciclada é devolvida aos quartos para o autoclismo”, continua Telmo Faria.
O hotel apanha também a água das chuvas, que envia para pequenos lagos e, posteriormente, usa para responder às necessidades hídricas das plantas e relvado. Todas as lâmpadas são de baixo consumo ou LED, e o hotel também vende energia fotovoltaica para a rede.
Telmo Faria diz ainda que as soluções ecológicas não retiram o conforto de um hotel de cinco estrelas – na verdade, o próprio hotel contabiliza a pegada carbónica dos clientes. Quem for mais verde, diz Telmo Faria, garante uma factura final mais barata. “O programa lê toda a água quente, fria e reciclada consumida, os watts do ar condicionado, tomadas e dos pontos de iluminação. Com esta informação conseguimos decifrar o impacto ambiental que a estadia pode provocar”, conclui Telmo Faria.
Veja as dezenas de medidas sustentáveis tomadas pelo hotel nesta lista.
Há ainda uma horta biológia e estufa, que os próprios clientes podem ajudar a construir. Muitos dos alimentos do restaurante, e de uma pequena mercearia, vêm daqui.
Veja o episódio 186 do Economia Verde:
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