Portugal: O que os portugueses deixaram de consumir desde o início do ano (via D.V.)



As receitas de IVA têm vindo a cair, como reflexo de uma menor propensão dos contribuintes para o consumo, fruto da recessão da economia. A receita de IVA diminuiu 3,5% em abril, devido a retração na compra de produtos de consumo.

Automóveis ligeiros

Em janeiro foram vendidos 6956 veículos ligeiros de passageiros, quase metade dos que tinham sido comercializados no mesmo mês de 2011 (13225). Em fevereiro venderam-se 6932 veículos, contra 13414 vendidos no mês homólogo. Em março foram vendidos 9643, metade dos 18325 do mesmo mês do ano passado. E em abril de 2012, pelo 16.º mês consecutivo, o mercado de ligeiros voltou a registar uma forte contração relativamente ao mês homólogo de 2011. No mês passado, com efeito, o mercado de ligeiros de passageiros não foi além das 8400 unidades, o que representou uma diminuição homóloga de 41,7% ( vendidos 14450).
Em termos acumulados, no primeiro quadrimestre de 2012 as vendas de automóveis ligeiros de passageiros atingiram as 31 932 unidades, o que representou uma forte quebra de 46,8% relativamente ao período homólogo de 2011, segundo dados da Associação Automóvel de Portugal.

Motos

Quanto ao mercado de veículos de duas rodas, em abril,  representou um decréscimo de 18,3%  face a igual mês de 2011. Em termos acumulados, no primeiro quadrimestre de 2012, as vendas diminuíram 15,2%.
 O mercado de quadriciclos (moto4), por seu turno, registou uma queda de 57,1% em abril e de 52,2% desde o início do ano.
Comerciais e pesados
No mercado de veículos comerciais ligeiros, no mês de abril assistiu-se a uma fortíssima queda de 63,1% em relação ao mês homólogo de 2011 e de 55,1% no acumulado do quadrimestre.
O mercado de veículos pesados registou em abril de 2012 uma queda bastante acentuada, tendo sido comercializados apenas 110 veículos, o que se traduziu num decréscimo de 69,6% face ao mês homólogo do ano anterior. No conjunto do primeiro quadrimestre deste ano, as vendas não foram além das 689 unidades, tendo-se verificado uma queda de 51,1% relativamente ao período homólogo do ano anterior.

Combustíveis

O consumo global dos combustíveis rodoviários caiu 7,5% em março último, em relação ao mesmo mês de 2011. A queda, em valores homólgos  foi de 6,7% em janeiro e 7,2% em fevereiro. O consumo de gasolina de 95 octanas diminuiu 8,3% e a de 98 octanas baixou 9,7% em março.
 O gasóleo rodoviário  registou uma queda de 6,9% (-6% em janeiro e -6,5% em fevereiro). O gasóleo de aquecimento teve uma quebra de 26,1% no consumo em março, segundo a Direção Geral de Energia e Geologia.

Gás natural

Quanto ao gás natural, em março a queda foi de 6% relativamente ao mesmo mês do ano passado (-6,7% em janeiro e -7,2% em fevereiro). O sector produtor de eletricidade a partir de gás natural apresentou um decréscimo de 20,3%, enquanto para os sectores doméstico e industrial houve um crescimento de 3,9% do consumo.

Tabaco

O consumo de tabaco também está em queda, a avaliar pelas estatísticas de cobrança do respetivo imposto da Autoridade Tributária e Aduaneira. Assim, no período de janeiro a abril, os impostos sobre os cigarros, cigarrilhas, charutos e tabaco de corte fino diminuíram 31,01%, 29,52%. 12,92% e 58,17% respetivamente, em relação ao mesmo quadrimestre do ano passado.
Já o tabaco para enrolar, integrado na categoria genérica de “outros tabacos de fumar” subiu 565,71%. Ou seja, os fumadores descobriram uma forma mais económica de fumar para além dos cigarros previamente embalados.


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