Vila Verde: Governo vai ajudar pequenos produtores a vender produtos (via Correio do Minho)



Campo para forragens (foto por © golfazul)

O governo prepara-se para lançar um novo pacote legislativo que permita favorecer a produção e comercialização de produtos aos pequenos produtores locais. O anúncio foi feito, ontem, por Daniel Campelo, secretário-de-Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, durante o primeiro seminário ‘Pequenos Frutos - Uma alternativa para a região’ promovido pela Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave, em Vila Verde.

“Mas porque é que não se há-de poder comercializar o frango que se cria, ou as compotas e licores que se fazem caseiros?” - questionou o membro do governo, salientando que é isso mesmo que se pretende mudar na legislação, possibilitando às pessoas e aos pequenos produtores locais, essa comercialização.
Daniel Campelo incentivou os jovens a produzir e a cultivar as terras, que estão há muito abandonadas, no sentido de promover dessa forma a auto-sustentabilidade do país.
O responsável deixou também o alerta: “neste momento, Portugal tem a necessidade de importar mais de 31 mil milhões de euros de bens alimentares e 400 mil euros de matéria florestal”, quando, no seu entendimento, muitos destes bens “não precisa- riam de ser importados se as terras estivessem devidamente tratadas e cultivadas”.
Aliás, para o secretário-de-Estado, este retorno à agricultura pode, para além de fixar as populações mais jovens nos seus territórios de origem, possibilitar precisamente uma diminuição das importações e até incrementar as exportações, considerando que só assim se pode corrigir a dependência do país.
Campelo falou, ainda, sobre a importância do associativismo, indicando que muitos dos principais problemas com que o sector agrícola se depara estão relacionados com o défice de organização e comercialização.
“Só com a união ou associação é que os produtores podem ganhar escala e dimensão e fazer chegar os seus produtos ao mercado externo”, rumo à internacionalização.
A produção em modo biológico foi, também, impulsionada por Campelo, indicando-o enquanto factor de atractividade para o mercado, que procura produtos que beneficiem a saúde. É o caso dos frutos vermelhos, enquanto antioxidantes.

Fonte Correio do Minho por Marta Caldeira

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