O centro da Vila de Prado vai ser transfigurado. O projeto de requalificação está aprovado e compreende uma intervenção de fundo, que pretende aliar a preservação do património e tradições locais, com os princípios mais modernos de gestão urbanística e eficiência. A obra vai ser lançada pela Câmara Municipal de Vila Verde.
Da autoria do gabinete de arquitetura ‘Acanto’, o projeto compreende uma intervenção numa área superior a 20.000 m2, centrados na praça de S. Sebastião. Conforme garante a equipa liderada pelo arquiteto Sá Machado, o projeto salvaguarda as condições para os eventos tradicionais e a contextualização social da vila.
“Como natural de Prado que sou, tive um carinho especial por este projeto e penso que conseguimos um resultado de excelência, que gerou já a atenção de revistas da especialidade”, afirmou ao Terras do homem o arquiteto Sá Machado.
Tendo como principal objetivo a valorização funcional e espacial do largo e arruamentos envolventes, consagra a valorização da capela, da “Via-Sacra”, definida pelos pontos de paragem e oração (os cruzeiros), e do caminho da Procissão dos Passos na Semana Santa, bem como ponto de paragem para o “sermão do encontro”. A intervenção também não esqueceu a realização no recinto da feira semanal, das festas e romarias, sobretudo a de S. Sebastião, também denominada feira dos Vinte ou dos Burros.
“A posição central do largo de S. Sebastião permite-lhe ser polarizador de um conjunto considerável de usos e de funcionalidades, sendo ainda o local de encontro e de confluência das vias que antecedem a passagem para a outra margem do rio Cávado”, explicou Sá Machado.
O projeto de intervenção contempla a criação de dois arruamentos eventuais, subdividindo o largo central em três espaços secundários. O quiosque existente é demolido e substituído por um edifício plurifuncional. Está previsto um quiosque, um abrigo para passageiros e um estabelecimento de restauração e bebidas, bem como um núcleo de instalações sanitárias e um compartimento para os serviços de manutenção camarária.
A requaificação assenta no princípio da rentabilização e reutilização de recursos, como será a reutilização das pedras de calçada existentes para a execução das obras de pavimentação. Prevê-se também o abate do menor número possível de árvores.
Além da valorização e a proteção de todos os sinais da atividade religiosa, nomeadamente os cruzeiros e a imagem de S. João, o projeto tem a preocupação de construir um espaço totalmente acessível a pessoas com mobilidade condicionada, candidato a uma bandeira de prata a atribuir pela Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos.
Simultaneamente, em termos de iluminação pública, para além de um cuidado especial na escolha das luminárias, todas serão equipadas com lâmpadas de baixo consumo “leds”.
“É uma obra que vai de encontro à aposta no urbanismo e na requalificação urbana por parte do Município de Vila Verde, que tem sido motivo de interesse por parte da comunicação social e na comunidade académica”, observou Sá Machado.
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