Soutelo: Multidão voltou a encher Nossa Senhora do Alívio (Via Correio do Minho)



Ontem o aciprestado de Vila Verde celebrou a senhora do Alívio, evocando a Nossa Senhora, em especial como resposta para quem nela vê uma resposta às suas dores. Esta devoção nasceu de um sacerdote que se sentiu doente e, evocando Nossa Senhora, esta terá trazido as melhoras.

O criado do padre, que esperava encontrar o sacerdote ainda atormentado, encontrando-o bem, perguntou-lhe o que acontecera. Foi a Nossa Senhora do Alívio terá respondido o sacerdote. Nesta festa juntam-se todas as paróquias do arciprestado de Vila Verde, adianta o padre Filipe, pároco nas freguesias de Atães, Barros, Codeceda, Penascais e Vilarinho, enquanto uma multidão circulava.

À volta da igreja, mulheres cumpriam promessas de joelhos, uma jovem em cadeira de rodas pedia ajuda para uma operação, um aleijado mostrava os pés defeituosos e pedia esmola.
Num anexo ao templo, vendiam-se recordações da Senhora do Alívio e, na envolvente, tendas alinhadas junto à estrada nacional anunciavam fumeiro de Lamego, farturas, melões e equipamentos desportivos.

O CM interpelou pessoas de várias idades que assumiram a sua fé na Senhora do Alívio.
Elsa Pereira, jovem escuteira, da freguesia de Barbudo, diz que já ouviu “testemunhos de pessoas reais” que dizem ter recebido graças da santa, “por isso tenho fé nela”.

“Não lhe costumo rezar. Costumo mais rezar com Deus e com outros santos, não rezo tanto à senhora do Alívio, confessa”, frisando no entanto que “venho todos os anos aqui”.
Álvaro Almeida, um crente que mora ali perto, conta-nos que vem à Senhora do Alívio “agradecer o bom ano em que ela nos ajudou. Acredito nela. Alivia sim senhor, tem sido muito minha amiga. Rezo-lhe e venho aqui todos os domingos às 11h00”.

“Já é costume, venho de Palmeira a pé”

Sónia Alexandra Costa Rodrigues, de Palmeira, Braga, diz-nos considerar este “um momento de fé”, acrescentando que “muita gente vem cá pedir para aliviar as dores do corpo e da alma. Eu não venho pedir por mim, venho pedir por outras pessoas. Já é costume, de há uns anos para cá. Venho de Palmeira a pé até aqui, rezo um bocadinho, ponho umas velinhas a arder e vou embora mais leve”.

Goretti Araújo, de Bouro Santa Maria, Amares, vem pela primeira vez. Diz-nos que é uma tradição “muito bonita” e que, apesar de ser esta a primeira vez que vem a esta peregrinação acredita, realçando que “ainda há bocadinho fiz essa pergunta à minha mãe e ela disse-me que protege muito as mulheres grávidas nos partos”.

Manuel Meireles, um vilaverdense de Prado S. Miguel diz que a peregrinação à Senhora do Alívio “é uma tradição antiquíssima que deve continuar”.
“Eu acredito nela, rezo-lhe muitas vezes, quando passo por aqui venho sempre cá, e fora daqui também lhe rezo”.

Fonte Correio do Minho por Rui Serapicos

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