A felicidade estava estampada na cara da família Gonçalves, de Gomide, Vila Verde, ontem, no momento em que recebeu das mãos da Associação Humanitária Habitat aquela que, a partir de agora, será a sua nova casa, construída a partir da solidariedade e do trabalho de centenas de voluntários.
Durante um ano, vários grupos de voluntários, quer do estrangeiro, quer da região, e muitos deles estudantes, ajudaram a erguer a nova casa para a família Gonçalves, constituída por um casal com dois filhos, um dos quais com paralisia cerebral e deficiência motora. Até aqui, os quatro viveram compartilhando, apenas, 40m2, em duas reduzidas divisões. Agora, tudo mudará, pois cada um terá o seu próprio quarto e todas as vantagens de uma casa acabada de estrear.
“É muito bom ter uma casa nova. Sem dúvida. A nossa vida vai melhorar em tudo, principalmente porque esta nova casa terá as condições necessárias para os meus filhos, principalmente para a Cláudia, que anda numa cadeira de rodas”, comentou Fátima Gonçalves, a dona do novo lar.
“Não sabia que ainda havia gente tão boa e muitos vieram até do estrangeiro para nos ajudar a construir esta casa”, considerou, com os filhos ao lado, também muito contentes com a melhoria habitacional.
O sonho de ter uma casa nova começou para a família Gonçalves, depois do gesto solidário de um casal de vizinhos, designadamente Augusta e Manuel Cerqueira, oferecendo-lhes o terreno. Alguns meses depois, a Habitat punha as mãos à obra, que agora acaba de inaugurar.
Habitat celebrou 15 anos com inauguração em Gomide
“A casa está praticamente pronta, só falta mesmo colocar as portas e janelas, algo que será executado já na próxima semana”, garantiu José Cruz Pinto, responsável da Habitat, ontem, durante a inauguração, que teve direito a festa entre voluntários e entre os habitantes de Gomide.
Uma inauguração simbólica que serviu, também, para a associação de Braga assinalar os seus 15 anos de existência.
“Tem sido um percurso progressivo, que tem vindo a aumentar de ano para ano, depois do arranque difícil. Nós propusémo-nos eliminar a pobreza habitacional, e é isso que temos feito no distrito de Braga. Em 2009 batemos o record com 10 construções e este ano, em princípio, vamos ficar pelas seis. Estamos já em Amarante e é possível uma expansão para Lisboa”.
Fonte Correio do Minho por Marta Caldeira
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