“A Universidade do Minho (UM) continua a ser uma referência nacional e internacional na área da informática”. A declaração de Luís Soares Barbosa, director do Departamento de Informática da UM, ontem, no arranque das jornadas ‘Join 2011’, coincidiu com a tomada de posse de um licenciado em Engenharia e Sistemas de Informática nesta universidade, Carlos Oliveira, como secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação.
Ora, “criatividade e mais capacidade de iniciativa” é o que o director do Departamento de Informática pediu aos actuais alunos, apesar de ainda se registar uma grande procura das empresas do sector pelos licenciados em Ciências da Computação e Engenharia Informática da UM.
Sinal da “atractividade” exercida pelos informáticos da UM é o aumento do número de empresas presentes no ‘jobshop’ das jornadas de informática, um espaço de procura de emprego ou de pesquisa de temas oportunos para dissertações de mestrado. Catorze empresas participam na ‘jobshop’ das jornadas organizadas pelos núcleos de estudantes de Engenharia Informática e Ciências da Computação, número que surpreendeu os organizadores.
Mesmo em período de crise económica, “os alunos da UM não têm problemas de emprego, são activamente procurados pelas empresas”, regista Luís Soares Barbosa.
O director destacou que o Departamento criou recentemente condições para a incubação de ‘spin-off’. “Temos apostado muito em iniciar este movimento com alunos cada vez mais novos, no sentido de lhes dar condições para durante um ano poderem incubar uma empresa e lançarem novas ideias para o mercado”, referiu.
Bioinformática ou tratamento digital de arquivos são dois dos novos nichos de mercado explorados pelos novos informáticos da UM.
Luís Soares Barbosa entende que a área do software tem muito potencial de crescimento e que “ao contrário de outras instituições que fazem formação geral em informática, os nossos alunos são activamente procurados”.
As sessões plenárias das jornadas ‘Join 2011’ incidem sobre o negócio do software, desenvolvimento ágil de software e na visualização da informação.
Ontem, na sessão de abertura, o presidente da Escola de Engenharia, Paulo Pereira, aconselhou os alunos de Informática e Ciências da Computação a não bloquearem com a palavra crise, apontando também o “reconhecimento de longa data” dos cursos da UM.
Rui Vieira de Castro, vice-reitor da UM, elogiou as jornadas, que prosseguem hoje e amanhã, “como exemplo daquilo que os estudantes podem fazer em termos da sua formação e inserção profissional”.
Ex-aluno da UM assume pasta do Empreendedorismo
Licenciado em Engenharia de Sistemas Informáticos pela Universidade do Minho, o braca-rense Carlos Oliveira, 34 anos de idade, tomou ontem posse como secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação.
Empreendedor é o classificativo que assenta bem no jovem membro do Governo de Passos Coelho, que ganhou notoriedade quando a empresa que criou logo após o fim da licenciatura, a ‘Mobicomp’, foi adquirida pela Microsoft. O negócio, selado em 2008, foi o maior até então realizado pelo gigante americano da informática.
Carlos Oliveira é actualmente sócio das empresas Pathena, Cardmobil, iMobileMagic e NMusic, depois de ter abandonado a Microsoft em Dezembro do ano passado.
É um dos vice-presidentes da Associação Industrial do Minho e director do Centro de Excelência em Desmaterialização de Transacções.
Adepto ferrenho do Sporting Clube de Braga, o titular da nova Secretaria da Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação especializou-se enquanto empresário no desenvolvimento de aplicações para telemóveis e outros dispositivos móveis.
Afirmou numa entrevista recente que a solução para a crise económica que o país atravessa passa por um aumento significativo das exportações.
Carlos Oliveira é um dos cinco secretários de Estado que estão na dependência do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira. Com o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, forma a dupla de bracarenses que fazem parte do novo Governo que ontem ficou completo com a posse de 33 secretários de Estado.
Fonte Correio do Minho por José Paulo Silva
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