O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu ontem, em Vila Verde, que o Estado deve contratualizar com as Misericórdias a prestação de cuidados de saúde com vista a reduzir com as listas de espera.
Paulo Portas falava no final de uma visita ao Hospital de Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde e anunciou que o Grupo Parlamentar do CDS-PP vai defender, na Assembleia da República, aquela contratualização.
Num “Estado dominado pela burocracia e sem capacidade de resposta”, “é um escândalo não usar os hospitais das Misericórdias” denunciou o líder popular.
Paulo Portas afirma que “é uma oportunidade única de reduzir as listas de espera”, prestando um serviço com “mais humanismo, mais eficiência e qualidade”.
Afirmou mesmo: “às vezes vejo mais boa vontade do Estado com os privados do que com o sector social”, exemplificando com as operações oftalmológicas às cataratas: “o Estado demorou anos e quando se decidiu optou pela Cruz Vermelha Portuguesa, que é uma entidade privada, e até enviou doentes para Cuba”.
O presidente do CDS-PP considera que “depois da catástrofe das nacionalizações, o Estado continua a maltratar as Misericórias”.
Baseando-se na História, Paulo Portas lembrou que antes do Ministério da Saúde já havia Misericórdias.
Dos 19 hospitais ligados a Misericórdias existentes em Portugal, 13 estão integralmente equipados para realizar todo o tipo de cirurgias, referiu o dirigente partidário.
Paulo Portas apontou o hospital da Misericórdia de Vila Verde como “uma referência nacional”, que é também a principal empregadora do concelho.
A instituição tem cerca de 400 colaboradores, entre contratados e prestação de serviços.
O provedor da Misericórdia de Vila Verde, Bento Morais, realçou que “Paulo Portas tem dado ânimo a toda esta gente que luta por uma melhor saúde para os portugueses”.
De encontro ao discurso do líder do CDS-PP, Bento Morais queixou-se da falta de contratualização quando “as Misericórdias têm condições para prestar serviços tão bons ou melhores que o sector público e a melhor preço”. Fonte Correio do Minho por Teresa M. Costa
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