Vila Verde: Quer afirmar-se como destino turístico



A um dia da inauguração da XVIII Feira Mostra de Produtos Regionais - Festa das Colheitas, o presidente do Conselho de Administração da empresa municipal Proviver, Manuel Barros, apresenta os produtos estratégicos e traça o futuro do evento, que se quer de referência.

Correio do Minho: Qual é o futuro das Festa das Colheitas?
Manuel Barros:
Afirmar a Festa das Colheitas como um evento de referência no conce-lho de Vila Verde mas, ao mesmo tempo, em torno da sua dinâmica criar uma rota turística de promoção do próprio concelho. A Rota das Colheiras é um projecto estratégico que visa consolidar aquilo que está feito e afirmar Vila Verde como um destino turístico.
Pretende-se manter o evento com as características que mantém actualmente e alargar a sua amplitude a um período mais vasto e envolvendo todos os agentes económicos, sociais, culturais e ambientais para que Vila Verde seja promovido integralmente neste evento.
Induzir a criação de outras iniciativas associadas à Festa das Colheitas é o que pretendemos com esta rota turística, para que as pessoas sejam atraídas ao concelho ao longo do período tradicionalmente entendido como época das colheitas.

A Festa das Colheitas coloca em destaque o festival gastronómico. Para onde caminha este festival?
A Festa das Colheitas quer dar um destaque cada vez maior ao festival gastronómico que já vai na sua quarta edição, não descurando o artesanato e a cultura tradicional.
O que nós gostaríamos é que fossem criadas regras para uma futura certificação dos festivais de gastronomia. Para a realização deste festival gastronómico temos um protocolo com uma empresa de Certificação de Qualidade Alimentar, que irá distribuir um ‘Manual de Boas Práticas’ pelos restaurantes (Torres, Académico, A Travessa do Peixinho, o Porquinho, e a Canga) e tasquinhas presentes na Festa das Colheitas com os seus enchidos, fumeiro, queijos e doces. Tudo isto a pensar na crescente qualidade do evento.
Queremos, ainda, alargar o período de realização do festival de cinco para oito dias.

A lógica de um tema para cada dia de festa é uma aposta ganha?
É uma aposta ganha. Nós queremos que à medida que a Festa das Colheitas venha a ser alargada, cada um dos dias seja dedicado a um determinado produto/tema.
No ano passado lançámos o dia da floresta e este ano mantemos a aposta porque a floresta é um sector estratégico para o desenvolvimento do concelho. Tem um potencial de criação de riqueza muito grande, para o qual nós queremos sensibilizar as autoridades e os proprietários da floresta.
Para isso vamos levar a efeito um seminário sobre a floresta e produtos derivados intitulado ‘A Floresta Multifuncional: apicultura, silvopastorícia, plantas aromáticas e medicinais’.
Em parceria com a Associação Florestal do Cávado vamos informar sobre as oportunidades de financiamento que estão à disposição dos proprietários.

Quais são os produtos em que a Festa das Colheitas aposta nesta edição?
O mel e o queijo são os novos produtos. O queijo porque conseguimos fixar no concelho de Vila Verde uma das empresas mais avançadas ao nível da profução de queijos - a empresa de queijos ‘Moinhos Novos’ - que está a exportar para todo o mundo e o escoamento do seu produto é, de facto, efectivo.
Para além disso, essa empresa necessita de um aumento da produção do leite de cabra para a produção do queijo. Neste momento, os produtores vilaverdenses não têm capacidade para produzir a quantidade de leite necessária para a laboração diária da empresa. É por isso que entendemos que o queijo é um produto estratégico de desenvolvimento de um nicho de mercado que é a produção de cabras leiteiras.
Já estão sensibilizados alguns produtores mas é necessário cativar mais jovens agricultores para regressarem à terra e produzirem as cabras. Este é o grande objectivo.
O mel surge pela sua qualidade diferenciadora e pela dimensão de alguns produtores existentes em Vila Verde.
Ao longo da Festa das Colheitas é organizado o concurso do mel, que é um produto já com dimensão e ao qual temos que dar o destaque apropriado pela sua importância ao nível da economia local.
Em 2010, por sugestão da ATAHCA, iremos apostar nos cogumelos e no linho. Fonte Correio do Minho por Vera Batista Martins

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