Vila Verde: Fios eléctricos colocam em perigo crianças do ATL



Em Vila Verdefios eléctricos ao alcance das crianças. O perigo aumenta com a proximidade de um centro de Tempos Livres. A Câmara e a EDP entram no jogo do empurra quando se fala em responsabilidades.

nove anos que uns fios eléctricos sem qualquer protecção convivem com um centro de Actividades de Tempos Livres (ATL), em pleno centro de Vila Verde. Os proprietários do ATL já não sabem a quem mais recorrer para resolver o problema. A câmara tira as responsabilidades para a EDP, a EDP "chuta" para a câmara. "Até o dia em que acontecer uma coisa mais grave", diz uma das proprietárias, Vera Cancela.

Qualquer pessoa que passe na Praça da República, em Vila Verde, repara no estado perigoso em que se encontram os fios eléctricos encostados ao edifício da antiga "Obra das Mães".

A parte superior da moradia serve, há cerca de seis décadas, para centros de apoio a mães e aos seus filhos. Agora está arrendada para um centro de Actividades de Tempos Livres, onde todos os dias há dezenas de crianças, a partir dos seis anos, a entrar e a sair do edifício.

Apesar das janelas estarem abertas, "as educadoras têm sempre atenção para que eles não se debrucem e não toquem nos fios", diz Vera Cancela.

A responsável do centro de Actividades de Tempos Livres anda há nove anos a tentar que alguém resolva o problema, mas as responsabilidades não são assumidas por nenhuma entidade competente.

A Câmara de Vila Verde, conforme disse ao Jornal de Notícias uma fonte do gabinete de imprensa, diz que quem tem que resolver o problema é a EDP.

A empresa de electricidade, através do departamento de comunicação, afirmou ao JN que sem o pedido da autarquia nada pode fazer.

A proprietária relata casos de jovens que da rua já se penduraram nos fios. "Como aquilo dá choque, eles largam de imediato os cabos. Será que vai ser preciso uma criança ficar pendurada nos fios para que alguém faça alguma coisa?", pergunta Vera Cancela.

As preocupações alastram-se também a alguns encarregados de educação: "Estou relativamente descansada, mas reconheço que este é uma situação extremamente perigosa, porque já sabemos como são os miúdos, andam sempre de um lado para o outro e algum pode mexer e provocar uma tragédia", diz uma mulher que não ser quer identificar ao Jornal de Notícias. Fonte JN por Pedro Antunes Pereira

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