Vila de Prado: GNR "entre amigos"


Desta vez foi “entre amigos” e serviu, sobretudo, para perceber quais são os limites de cada um quando se trata de consumir bebidas alcoólicas.

Numa acção de sensibilização sobre os efeitos do álcool, uma equipa da GNR efectuou 430 testes de alcoolemia durante a madrugada de ontem, na zona da praia fluvial de Prado, no concelho de Vila Verde. Não houve contra-ordenações, nem detidos, apesar dos muitos excessos detectados. Num dos casos, o teste acusou 3,90 gramas por litro.

Foi uma iniciativa que decidimos desenvolver no âmbito do conceito moderno de policiamento de proximidade, onde se privilegia a prevenção e a recomendação de boas práticas”, explicou ao CM o comandante da GNR de Prado, Jorge Gonçalves, sublinhando o entusiasmo das pessoas – de diferentes idades – à acção, denominada ‘Se conduzir não beba... se beber, entregue as chaves’.

Ao longo de oito horas, numa operação que arrancou às 21h00 de sábado e se estendeu até às 05h00 de ontem, oito agentes da GNR verificaram o estado de alcoolemia de condutores e passageiros, controlados à saída de uma zona com oito bares à beira-rio. No final, foram “muitas dezenas” de pessoas que, à frente dos guardas, entregaram as chaves do carro a um colega.

A GNR e as outras polícias não se resumem a passar multas ou contra-ordenações, também educam e existem para ajudar”, salientou o comandante Jorge Gonçalves, anotando que foi gratificante verificar que “as pessoas saíram amigas dos guardas”.

Na operação, houve quem tenha aproveitado a oportunidade para verificar os seus próprios limites. Num dos casos, uma cerveja apenas foi responsável por uma taxa de 0,30 gr/l, o que mereceu o ‘protesto’ do visado, António Pinto, por não poder beber sequer duas cervejas. Os agentes da GNR lá explicaram que as bebidas não têm o mesmo efeito sobre indivíduos diferentes, face sobretudo a variações de peso e funcionamento do organismo.

Desiludido ficou também um outro jovem vilaverdense, que confessou pretender verificar a veracidade de uma alegada teoria segundo a qual as caipirinhas iludiam os testes de alcoolemia, por que o limão cortaria o efeito do álcool. Acabou por acusar 2,55 gr/l, por força de cinco caipirinhas que confessou ter bebido. Sorte que o teste era só para sensibilizar. Fonte Correio da Manhã por Mário Fernandes

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