Açores: Expõe Lenços dos Namorados


O Museu de São Jorge, situado na Ilha Açoreana com o mesmo nome, apresenta até ao próximo dia 30 de Setembro a primeira exposição de Lenços dos Namorados nos Açores.

Com a organização institucional de a “A Arte da Terra” (um espaço dedicado ás artes e oficios tradicionais portugueses, sediado junto á Se de Lisboa, onde se tem realizado algumas das maiores exposições do tema) a exposição reune algumas dezenas de exemplares de Lenços da Aliança Artesanal de Vila Verde.

Simbolos maiores de historias de amores e desamores, a origem dos “Lenços dos Namorados remonta aos Séculos XVII – XVIII, primeiro chamados de Lenços Senhoris (porque terão surgido no seio dos salões senhoris da época), mais tarde adoptados e adaptados pelas mulheres do povo, que lhe conferiram características marcadamente populares.

Com os conhecimentos de ponto de cruz – adquiridos durante a infância – a moça em idade casadoira, bordava o seu lenço, com as quadras e as simbologias que brotavam da sua imaginação. Neste trabalho estavam presentes valores que eram caros a jovens em idade de casar, tais como a fidelidade, dedicação, amor e/ou amizade...

Eram semanas ou meses de trabalho na elaboração de um lenço, lenço que poderia marcar ou não, o inicio de um namoro, consoante a reacção publica do “namorado” ou “conversado”, isto é conforme ele usasse ou não o lenço...

Com o passar do tempos, algumas alterações de vulto vieram a ocorrer na concepção dos “Lenços dos Namorados”: a introdução de novas cores, de pontos mais fáceis de bordar, e a introdução de testemunhos de acontecimentos marcantes em determinadas épocas

O Minho surge como a região por excelência dos Lenços dos Namorados, sendo no entanto em Vila Verde que surgiu a mais importante recuperação desta arte, através da Aliança Artesanal, entidade com a qual a “A Arte da Terra”, realizou nos ultimos anos, algumas das maiores exposições do tema em Portugal.

Na foto está Antonio Ramos, responsavel pela “A Arte da Terra”, com a Directora do Museu de S. Jorge, Virginia Reis. Fonte Azores Digital

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