Vila Verde: Morgado força acusação do Apito


Equipa coordenada por Maria José Morgado não concordou com os argumentos da procuradora do Ministério Público de Vila Verde. A procuradora do Ministério Público de Vila Verde, que assina mais uma acusação do ‘Apito Dourado’, neste caso visando, entre outros, o ex-árbitro Martins dos Santos, defendeu o arquivamento do processo, alegando que os factos apurados não eram suficientes para sustentar uma acusação pública. A troca de correspondência foi feita com a equipa coordenada por Maria José Morgado que, no entanto, teve um entendimento diferente e determinou que a magistrada deveria mesmo acusar os arguidos dos crimes de corrupção desportiva.


Em causa estava um jogo da 3.ª Divisão, que se realizou no Estádio Cruz de Reguengo, em Vila Verde, Braga, a 10 de Abril de 2004. O jogo foi arbitrado por Daniel Santos, filho de Martins do Santos, e as suspeitas davam conta de um alegado benefício ao Vilaverdense, em prejuízo do Sport Clube Maria da Fonte.

A sustentar a extracção de certidões, determinada por Carlos Teixeira, procurador de Gondomar, estariam então escutas telefónicas feitas a Martins dos Santos. Aquele havia recebido um telefonema do director desportivo do Vilaverdense para que o filho beneficiasse o seu clube. A conversa indicia que já teria havido um contacto anterior. “Eu já lhe disse que não há... por aí não há problema”, respondeu o ex-árbitro.

Ainda segundo apurou Carlos Teixeira, o director desportivo do Vilaverdense terá garantido a Martins dos Santos que o observador também seria pressionável.

Antes do início do jogo as autoridades interceptaram ainda outra escuta entre Martins dos Santos e o filho, onde aquele dava conta ao pai que estava muito satisfeito pela prenda recebida: uma meia libra. Terá dito mesmo assim que contava que a oferta fosse um relógio. Fonte Correio da Manhã por João Miguel Rodrigues

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