Braga: Falar Braguês


Um jornalista de Braga a viver em Lisboa, há vinte anos, decidiu perpetuar nas páginas da web os termos que teimam em cair em desuso. Apesar da renitência da comunidade académica, as virtudes do espaço encontra-se na construção dinâmica de um dicionário de termos pouco comuns.
A originalidade do site proposto por Nuno Xavier merece o aplauso da comunidade científica. Porém, são apontadas algumas vias para melhorar a oferta.

"O projecto encerra uma ideia interessante na medida em que elenca, cataloga e apresenta definições de palavras/expressões que, por um lado, podem não estar dicionarizadas com as acepções que vulgarmente lhe são dadas aqui e que, por outro lado, pelo menos algumas delas, cairam já em desuso, deixando de ser correntes", destaca a professora da UM, Micaela Ramon que sugere, para ser um projecto científico credível, "algumas precisões metodológicas, terminológicas, etc. A primeira consistiria em definir o próprio conceito de regionalismo e em estabelecer-lhe as fronteiras".

Aldina Marques, também da UM, releva que "há vocábulos que não são característicos de Braga. São usados noutrs regiões, são arcaísmos, etc".

Para Anabela Barros, assistente da UM - área da Linguística/História da Língua Portuguesa, "o assunto é bem interessante, o problema é o resultado científico à vista no site".

Entre os vocábulos propostos surge begueiro (vocábulo insultuoso); bezegol (haxixe), broeiro (insulto); ougar (vontade incontrolável de ingerir determinado alimento); sostra (mulher gorda); trengo (simplório); truces (cuecas). Fonte JN por Pedro Vila-Chã

Aqui deixo algumas expressões que podem encontrar no seu site:

ir abaixo de Braga - ir à merda.

saber a pato - diz-se de uma refeição que se tomou e que por qualquer razão não custou dinheiro.

Estas e muitas outras em http://falarbragues.googlepages.com/home

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