Vila Verde: Zonas de extracção vão ser requalificadas



A Câmara de Vila Verde apresentou um projecto de requalificação do passivo ambiental na zona extractiva de argila, localizado na área de confluência das freguesias de Prado, Oleiros, Cabanelas e Cervães, num total de 800 hectares e que, nesta altura, está em discussão pública informal. A proposta, com base num estudo realizado no último ano, apresenta projectos de requalificação para nove unidades operativas de planeamento e gestão, que corresponde às zonas extractivas identificadas no terreno.

O estudo identifica áreas ainda com capacidade extractiva importante, do ponto de vista económico, e outras abandonadas e que representam claros "cancros ambientais" e problemas graves para a saúde pública e segurança das populações residentes naquela zona. A formação de lagoas, deposição de lixos, maus cheiros, ausência de vedação e sinalização, empoeiramentos e cortes desorganizados são alguns problemas identificados.

Problemas decorrentes da exploração ilegal de inertes durante anos, deposição de resíduos perigosos devido à exploração desordenada, abandono da área explorada sem requalificação, poluição devido ao trânsito de pesados, deposição não controlada de sedimentos finos, poluição atmosférica e estragos provocados por veículos pesados nas vias de acesso, ruído e pó.

"Apresentamos a proposta a pensar nas sugestões da população, daí estar aberta a discussão pública informal. A partir de agora, queremos envolver os organismos locais e a população e contar com as sugestões e contributos de todos", refere o presidente da Câmara de Vila Verde.

A requalificação daquela área enorme compreende investimentos "avultadíssimos", revelando José Manuel Fernandes que "qualquer investimento terá que contar com apoios do Estado e do próximo Quadro Comunitário de Apoio. Vamos apresentar candidaturas, na esperança que seja possível iniciar uma intervenção".

O vereador António Zamith Rosas vinca que é um projecto "ambicioso", já que é uma das preocupações centrais em termos ambientais para o concelho". "Recebemos uma pesada herança, mas não podemos fazer de conta que não existe. Temos que agir o mais rápido possível, embora sabendo que não é um projecto para concretizar em um, dois ou três anos", disse, ainda, o vereador do Ambiente. Fonte JN por Pedro Antunes Pereira

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