A Câmara Municipal de Vila Verde acaba de lançar a discussão pública ‘informal’ do Projecto de Requalificação do Passivo Ambiental na Zona Extractiva de Argila localizada na área de confluência das Freguesias de Vila de Prado, Oleiros, Cabanelas e Cervães. No âmbito da comemoração do Dia Mundial do Ambiente, foi apresentado, ontem, um estudo para a requalificação daquela área.
O projecto de Requalificação do Passivo Ambiental na Zona Extractiva de Argila, localizada na área de confluência das Freguesias de Vila de Prado, Oleiros, Cabanelas e Cervães, está em discussão pública “informal”. A Câmara Municipal de Vila Verde comemorou, desta forma, o Dia Mundial do Ambiente, ao apresentar o estudo para a requalificação daquela área, uma intervenção de fundo em cerca de 800 hectares. “Apresentamos esta proposta a pensar em sugestões das populações locais”, afirmou o presidente da autarquia, José Manuel Fernandes, durante a apresentação do projecto, informando que “está aberta a discussão pública ‘informal’ sobre o projecto”. A partir de agora, a câmara municipal quer “envolver os organismos locais e a própria população”. José Manuel Fernandes admitiu que “o problema existe e até seria mais cómodo esconder a cabeça debaixo da areia”.
A (re)qualificação daquela área enorme compreende investimentos “avultadíssimos”, como acabou por constatar o edil. No entanto, José Manuel Fernandes fez questão de sublinhar que “é preciso fazer alguma coisa, quanto antes. Não se pode continuar a prejudicar as gerações futuras”.
Este trabalho é, segundo o presidente, “um ponto de partida”, revelando que “qualquer investimento que se faça terá que contar com apoios do Estado e do próximo quadro comunitário de apoio (QREN). Vão serapresentadas candidaturas para esse efeito, na esperança que seja possível iniciar uma intervenção”.
“Uma mancha negra”
O vereador do Ambiente, António Zamith Rosas, também fez questão de sublinhar que este é um projecto “ambicioso”, acrescentando que “é uma das preocupações centrais em termos de política ambiental para o concelho”. Para o vereador aquela área “é uma mancha negra no concelho, que se deve criticar e do que se deve ter vergonha”.
Por isso, afirmou que, “como a recuperação não foi feita em devido tempo, não se pode adiar mais. É preciso agir o mais rápido possível, embora sabendo que não é um projecto para concretizar em um, dois ou três anos. O importante é começar”.
A proposta, com base num estudo realizado no último ano, apresenta projectos de (re)qualificação para nove unidades operativas de planeamento e gestão (UOPG), que corresponde às zonas extractivas identificadas no terreno. Em síntese, estão abrangidas a zona de Carvalhinhos, Papagaios, Igreja Velha, Cabanelas/Cervães, Cobrosa, Meda, Pinheiral, Ramirez e Barreiras/Prados e Monte, 9 unidades correspondentes a áreas/lugares das freguesias da Vila de Prado, Cervães, Cabanelas e Oleiros.
O estudo começa por identificar áreas ainda com capacidade extractiva importante do ponto de vista económico e outras que acabaram abandonadas e que representam claros ‘cancros ambientais’ e problemas graves para a saúde pública e segurança das populações residentes naquela zona.
A formação de lagoas, a deposição de lixos (maioritariamente resíduos industriais banais), os maus cheiros, a ausência de vedação e sinalização, os empoeiramentos e os cortes desorganizados são alguns dos problemas identificados no estudo hoje apresentado.
Problemas decorrentes da exploração ilegal de inertes (barro e argila) durante muitos anos, a deposição de resíduos perigosos devido à exploração desordenada, o abandono da área explorada sem qualquer requalificação paisagística e ambiental, a poluição gerada pelo trânsito de pesados, a deposição não controlada de sedimentos finos, a poluição atmosférica e os estragos provocados por veículos pesados nas vias de acesso, ruído, pó, entre outras.
O estudo diz mesmo que “havia conflitos do PDM e a utilização do solo. Registavam-se procedimentos que não se ajustavam ao PDM”. Por isso, o estudo pretende, assim, tornar-se num importante contributo para o próximo PDM, sobretudo pelos elementos que pode fornecer em termos de áreas que ainda possuem declarada capacidade extractiva e das zonas/áreas a requalificar.
À excepção das unidades da Cobrosa e Pinheiral, que contam com projectos de contornos ‘especiais’, em todas as restantes é apontada a instalação de Parques Urbanos, espelhos de água, definir e consolidar as cortinas arvóreas, (re)lançar exploração nas reservas ainda com capacidade extractiva, instalar zonas industriais e consolidar o espaço urbano envolvente. Fonte Correio do Minho por Patrícia Sousa
O projecto de Requalificação do Passivo Ambiental na Zona Extractiva de Argila, localizada na área de confluência das Freguesias de Vila de Prado, Oleiros, Cabanelas e Cervães, está em discussão pública “informal”. A Câmara Municipal de Vila Verde comemorou, desta forma, o Dia Mundial do Ambiente, ao apresentar o estudo para a requalificação daquela área, uma intervenção de fundo em cerca de 800 hectares. “Apresentamos esta proposta a pensar em sugestões das populações locais”, afirmou o presidente da autarquia, José Manuel Fernandes, durante a apresentação do projecto, informando que “está aberta a discussão pública ‘informal’ sobre o projecto”. A partir de agora, a câmara municipal quer “envolver os organismos locais e a própria população”. José Manuel Fernandes admitiu que “o problema existe e até seria mais cómodo esconder a cabeça debaixo da areia”.
A (re)qualificação daquela área enorme compreende investimentos “avultadíssimos”, como acabou por constatar o edil. No entanto, José Manuel Fernandes fez questão de sublinhar que “é preciso fazer alguma coisa, quanto antes. Não se pode continuar a prejudicar as gerações futuras”.
Este trabalho é, segundo o presidente, “um ponto de partida”, revelando que “qualquer investimento que se faça terá que contar com apoios do Estado e do próximo quadro comunitário de apoio (QREN). Vão serapresentadas candidaturas para esse efeito, na esperança que seja possível iniciar uma intervenção”.
“Uma mancha negra”
O vereador do Ambiente, António Zamith Rosas, também fez questão de sublinhar que este é um projecto “ambicioso”, acrescentando que “é uma das preocupações centrais em termos de política ambiental para o concelho”. Para o vereador aquela área “é uma mancha negra no concelho, que se deve criticar e do que se deve ter vergonha”.
Por isso, afirmou que, “como a recuperação não foi feita em devido tempo, não se pode adiar mais. É preciso agir o mais rápido possível, embora sabendo que não é um projecto para concretizar em um, dois ou três anos. O importante é começar”.
A proposta, com base num estudo realizado no último ano, apresenta projectos de (re)qualificação para nove unidades operativas de planeamento e gestão (UOPG), que corresponde às zonas extractivas identificadas no terreno. Em síntese, estão abrangidas a zona de Carvalhinhos, Papagaios, Igreja Velha, Cabanelas/Cervães, Cobrosa, Meda, Pinheiral, Ramirez e Barreiras/Prados e Monte, 9 unidades correspondentes a áreas/lugares das freguesias da Vila de Prado, Cervães, Cabanelas e Oleiros.
O estudo começa por identificar áreas ainda com capacidade extractiva importante do ponto de vista económico e outras que acabaram abandonadas e que representam claros ‘cancros ambientais’ e problemas graves para a saúde pública e segurança das populações residentes naquela zona.
A formação de lagoas, a deposição de lixos (maioritariamente resíduos industriais banais), os maus cheiros, a ausência de vedação e sinalização, os empoeiramentos e os cortes desorganizados são alguns dos problemas identificados no estudo hoje apresentado.
Problemas decorrentes da exploração ilegal de inertes (barro e argila) durante muitos anos, a deposição de resíduos perigosos devido à exploração desordenada, o abandono da área explorada sem qualquer requalificação paisagística e ambiental, a poluição gerada pelo trânsito de pesados, a deposição não controlada de sedimentos finos, a poluição atmosférica e os estragos provocados por veículos pesados nas vias de acesso, ruído, pó, entre outras.
O estudo diz mesmo que “havia conflitos do PDM e a utilização do solo. Registavam-se procedimentos que não se ajustavam ao PDM”. Por isso, o estudo pretende, assim, tornar-se num importante contributo para o próximo PDM, sobretudo pelos elementos que pode fornecer em termos de áreas que ainda possuem declarada capacidade extractiva e das zonas/áreas a requalificar.
À excepção das unidades da Cobrosa e Pinheiral, que contam com projectos de contornos ‘especiais’, em todas as restantes é apontada a instalação de Parques Urbanos, espelhos de água, definir e consolidar as cortinas arvóreas, (re)lançar exploração nas reservas ainda com capacidade extractiva, instalar zonas industriais e consolidar o espaço urbano envolvente. Fonte Correio do Minho por Patrícia Sousa
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