Minho: Design do produto do Politécnico de Viana do Castelo tem novo rosto, sendo um dos criadores de Vila Verde

I.P.V.C. - Viana do Castelo



É através do traço artístico de João Teixeira, de 24 anos, e de Roberto Alves, 26, alunos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Viana, que a licenciatura em Design do Produto assume agora e oficialmente a sua nova identidade corporativa. É que os dois irreverentes Designers manifestaram o seu descontentamento pelo facto do curso que os diplomou não ter um logótipo, fazendo jus à qualidade do seu ensino. E foi assim que lançaram a provocação à Coordenação do Curso para poderem “esculpir” o rosto de DP. O resultado, que pode ser agora conhecido, é assaz intrigante pelo brilhantismo com que ambos se dedicaram à causa, a do curso que tanto os orgulha!

São jovens, irreverentes, artistas e inspiradores. Portugueses de gema e “irrequietos” no profissional, lançaram a provocação que prontamente foi abraçada pela Coordenação do Curso. João Teixeira, natural de Felgueiras, com 24 anos, e Roberto Alves, natural de Vila Verde, de 26 anos, ambos diplomados em Design do Produto pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo [ESTG-IPVC], inconformados com a não existência de um logótipo para o curso, propuseram-se a dedicar as suas irrepreensíveis inspirações para a artística “construção” da marca da licenciatura em Design do Produto do IPVC.

Os atuais alunos do 2º e do 1º anos do Mestrado em Design Integrado da mesma instituição puseram assim as mãos à obra, libertaram as suas veias artísticas e o resultado, que foi já apresentado à Comissão de Curso neste passado mês de outubro, não podia ser outro. “A licenciatura em Design do Produto do IPVC passa assim, a partir de agora, a ter um rosto: um logótipo”, constata visivelmente satisfeita Liliana Soares, Coordenadora da Licenciatura.
“Este convite - e não um concurso - surgiu de uma conversa que tive o ano passado com estes dois ex-alunos que expressaram a preocupação do curso não ter um logótipo” conta a Docente a propósito de como tudo aconteceu. “Pareceu-me que seria justo, ético e honesto lançar-lhes o desafio, considerando que eram eles que me estavam a propor a criação de um rosto para o curso. Por um lado, embora acredite que, ao longo da já longa história deste curso, tenham surgido, aqui e além, tentativas de criação de logótipos do curso, a verdade é que nenhuma se conseguiu manifestar” revela Liliana Soares.

“Por outro lado, acredito que o curso deve ter um símbolo criado por designers, designadamente, pelos designers que formamos e não por alunos de design. Se queremos dignificar a nossa profissão, devemos legitimá-la com o trabalho de um profissional do design e não com o trabalho de um estudante ou de um 'habilidoso com jeito para o desenho', comentou ainda a Coordenadora do Curso.

“Finalmente, é nosso dever, enquanto designers/docentes, proporcionar cenários profissionais aos nossos ex-alunos; é assim que este exercício deve ser, igualmente, entendido e aceite”, considera.

Segundo os dois Designers, na construção do logótipo, foi tido em consideração “o paradigma daquilo que foi o curso no passado e daquilo que o curso representa hoje, num contexto nacional e internacional”.

“Modernidade” e “elegância” foram dois dos conceitos que cativaram desde logo os dois artistas ao pensarem em Design do Produto do IPVC e que os consideraram aquando da intenção de “criar” a “obra” que “projetasse o curso como uma janela de oportunidades”, até porque, sublinham ambos, “o curso sempre se afirmou como um bloco forte, sendo uma das suas maiores imagens de marca”.

“O conceito não descartou contudo o story telling, até porque em design dois acontecimentos históricos da história do design muito têm que ver com grande parte da metodologia projetual do curso”, explicam. “Por um lado a Bauhaus que constitui uma primeira rutura com os esquemas sociais oitocentistas retrógrados. Gropius, por exemplo, acreditava que “conjugando o ensino artesanal com o artístico e industrial, se podia criar o artista completo, capaz de dominar todos os setores da produção” cita João a propósito do percurso de criação do logótipo.

“O que está indubitavelmente associado ao facto do curso querer estar relacionado com um mundo mutável e que por isso deve mudar com ele. Partindo do princípio que se quer assumir com uma identidade muito própria e distinta das demais escolas” explica ainda a propósito o Roberto. “Dito isto, a abordagem neoplástica à imagem escolhida é nítida, bem como as suas proporções, quer no símbolo, quer no Iettering que foram baseadas no maior cânone de tipografia moderna, a Helvética”, adiantou ainda.
O manual de normas gráficas da identidade corporativa do curso de licenciatura de Design do Produto do IPVC detém cerca de 29 páginas e contém a apresentação das diferentes versões com normas relativas à disposição do logótipo no suporte a ser utilizado.

“Brevemente, teremos a nossa página nas redes sociais!” revelou por fim a Coordenadora de Curso.


*** Nota do gabinete de comunicação do IPVC ***

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