Pires
um dos mais famosos vinhos Alvarinho
A Assembleia Municipal de Vila Verde aprovou uma moção em que reivindica o alargamento a toda a região dos vinhos verdes da possibilidade de utilização da denominação “Alvarinho”, acabando assim com a exclusividade de Monção e Melgaço, foi hoje divulgado.
“Não encontramos motivo algum para que seja possível fazer Alvarinho DOC (denominação de origem controlada) em todo o país exceto em 90% da região dos vinhos verdes”, refere a moção, apresentada pela bancada do CDS-PP.
O documento acrescenta que “esta discriminação retira valor aos produtores da região face aos colegas do Douro, Ribatejo, Lisboa e Alentejo que podem usar livremente alvarinho”.
Os autores da moção sublinham que não está em causa o vinho Alvarinho em concreto, “que já se produz em toda a região”, mas apenas mencionar o nome da casta no rótulo.
“Neste momento, Monção tem 900 hectares de Alvarinho, Melgaço 400 hectares e a restante região outros 400 hectares. Assistimos hoje a uma vasta produção de uva Alvarinho em 35 concelhos”, lê-se ainda no documento.
Por isso, a Assembleia Municipal de Vila Verde reclama o alargamento da denominação “vinho Verde Alvarinho”, considerando que isso representará “um claro valor acrescentado” aos viticultores da região.
A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) já aprovou o alargamento daquela denominação a toda a área que abrange, com 16 votos a favor e 3 contra.
A decisão, que terá de ser retificada pela tutela, é contestada pelos municípios de Monção e Melgaço, que temem mesmo que comece a aparecer no mercado “zurrapa” com o rótulo Alvarinho.
O PSD e o PS já apresentaram na Assembleia da República projetos de resolução para manter a exclusividade daqueles dois concelhos.
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