Prédio em questão - Vila Verde
Os habitantes de um prédio em Vila Verde estiveram sem energia elétrica desde 30 de abril até hoje, depois de a EDP ter cortado a “ligação pirata” que alimentava as cerca de 30 frações, informaram hoje moradores e autarcas.
“O prédio era alimentado por uma ligação pirata e a EDP cortou a energia, mas a ligação foi hoje mesmo restabelecida depois das diligências que efetuámos”, disse o presidente da Câmara, António Vilela, à Lusa.
Aquele prédio foi construído há cerca de 15 anos com um piso a mais do que o permitido pelo Plano Diretor Municipal (PSD), facto que impede o licenciamento das frações e os respetivos pedidos de ligações elétricas.
António Vilela garantiu que a questão será ultrapassada “com muita brevidade”, eventualmente até ainda durante este mês, com a aprovação do novo PDM, que já permitirá a volumetria daquele prédio.
“Foi essa garantia que demos à EDP, que assim restabeleceu, hoje mesmo, a energia elétrica”, garantiu o autarca.
Moradora no prédio desde 2006, Maria Freitas confessou à Lusa que, até aqui, nunca pagou energia elétrica, porque nunca lhe foi permitido fazer contrato com a EDP.
“No início, a energia era assegurada pelos contadores da obra, por conta do empreiteiro, mas depois foi feita uma ligação não sei a quê. A verdade é que até aqui nunca pagámos luz”, contou.
Na manhã de 30 de abril, funcionários da EDP deslocaram-se ao prédio e cortaram a energia.
“Nem consegue imaginar o sufoco que foi passar estes dias todos sem luz, só a viver. Tenho dois filhos pequenos, um de 11 meses e outro de 4 anos, foi um sufoco. Foi comida estragada, foi não poder ligar a televisão, foi ter de andar com lanternas em casa”, referiu.
Segundo Maria Freitas, o restabelecimento da energia elétrica é provisório, pelo prazo de dois meses.
“No final, se a situação do prédio não estiver resolvida, voltamos ao apagão”, rematou.
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