Os segredos do fabrico da tradicional aguardente da região foram revelados por Luís Antunes, anfitrião de uma atividade que a família executa há mais de 100 anos, no âmbito da iniciativa 'Na Rota das Colheitas'. O 'Encontro com o Alambique' era também uma iniciativa inserida no fim de semana gastronómico 'Vila Verde Capital do Pica no Chão' e deu a conhecer alguns dos truques da conceção de uma bebida poderosa.
O bagaço usado neste atividade permaneceu mais de um mês no alambique, abafado e sem qualquer contacto com o exigénio. Um espaço temporal incomum, "mas desde que o bagaço não apanhe ar, as suas propriedades são mantidas inalteradas", esclareceu Luis Antunes.
Daí, o bagaço foi esmigalhado e solto, para que os gases pudessem libertarem-se do seu interior durante o processo de 'queima' e tranportado em cestos até ser introduzido em uma das duas colunas que trabalharam alternadas. No interior das colunas, o bagaço era sujeito a elevadíssimas temperaturas através do vapor de água provocado pelo aquecimento, a lenha, da caldeira, um processo que dispende bastante água. Desde que as uvas são introduzidas nas colunas até serem despejadas, extraído o alcool que se condensa em aguardente, passam 45 minutos.
A atividade foi ainda animada pelo Rancho Folclórico de Vale do Homem e por Aguiar e Pinto, vindos de Barcelos. Em simultâneo foram servidas pataniscas, broa caseira confecionada na hora pela mãe de Luís Antunes, e castanhas assadas.
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