Pires
O CDS-PP de Vila Verde está contra o ‘Plano de Saneamento Financiamento do Município’ e diz que só uma auditoria às contas da Câmara vilaverdense revelará a verdadeira dimensão dos problemas da autarquia.
Em comunicado de imprensa e no seguimento da Reunião de Câmara, o vereador do CDS-PP Daniel cerqueira diz que a análise do documento apresentado pelo executivo mostra que «14 anos de ruinosa gestão autárquica PSD, obrigam a Câmara a pedir à banca 17 milhões de euros para pagar dívidas a terceiros, excluído o crédito bancário, designadamente dívida a fornecedores e acordos de pagamento a médio prazo».
Depois de lembrar os «muitos avisos que as diversas forças políticas fizeram ao executivo PSD para o perigo do descontrolo financeiro da autarquia», Daniel Cerqueira refere que «sabíamos que, mais tarde ou mais cedo, a gestão irresponsável do dinheiro dos munícipes iria ter consequências graves e dessa preocupação demos conta no local e no tempo devido. Acontece que o PSD no poder, deslumbrado pelo eleitoralismo mais primário, ignorou todos os avisos, todas as críticas e todas a recomendações».
Os populares consideram que «a demagogia foi claramente superada pela realidade» e dizem que «os erros de gestão acumulados durante anos trouxeram ao de cima o drama duma dívida extraordinária e camuflada de 17 milhões de euros. E como é preciso pagar tudo isto, e descalçar esta bota, o executivo PSD fecha os olhos à sua irresponsabilidade e, disfarçadamente, mete a conta aos Vilaverdenses sob a forma dum plano de saneamento financeiro que impõe cortes e sacrifícios durante 12 penosos anos».
O CDS-PP defende também a responsabilização pela situação e lembra que foi o próprio presidente do PSD, Passos Coelho, que numa reunião em Viana do Castelo afirmou que «aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa também têm de ser, civil e criminalmente, responsáveis pelos seus actos e pelas suas acções, não basta a responsabilidade eleitoral».
Para os populares, no documento apresentado pelo Município de Vila Verde «não se vislumbra um verdadeiro assumir de responsabilidades políticas pela actual situação financeira. No documento político são apontadas orientações de futuro e um corte com práticas anteriores, mas a verdade é que quem vai pagar tudo isto são os munícipes de Vila Verde e ao CDS-PP o executivo não dá a confiança necessária para um momento tão exigente na vida do nosso município».
«O total descontrolo orçamental, a ausência de planeamento económico-financeiro e investimentos muito superiores às reais capacidades da Câmara Municipal, levam-nos a pensar que, só uma auditoria às contas revelará a verdadeira dimensão do problema», conclui o CDS-PP.
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