Vila Verde: Associação Empresarial de Vila Verde reúne com PS (via Correio do Minho)



A direcção da Associação Empresarial de Vila Verde reuniu-se com uma delegação do Partido Socialista de Vila Verde, composta pelo vereador Luís Filipe Silva, o presidente da Comissão Política Concelhia, Carlos Mendes, e a presidente da JS, Paulina Lira. O encontro destinou-se a abordar questões ligadas ao emprego/desemprego. Respondendo positivamente a solicitação do PS, a AEViVer promoveu a realização do encontro na Quinta de Sara, espaço gentilmente cedido por um dos elementos da direcção da Associação, face à falta de uma sede própria.
“A Associação Empresarial de Vila Verde é, para o Partido Socialista, uma iniciativa de grande valia para o concelho de Vila Verde, com potencial para dinamizar o tecido empresarial local, e por isso, solicitou à direcção da Associação uma reunião para abordar as várias temáticas do contexto em que os empresários se movimentam, mas em especial as questões relacionadas com a empregabilidade”, conforme fez questão de explicitar o vereador Luís Filipe Silva, no lançamento do encontro.
Esta reunião de trabalho, conforme salientaram também os dirigentes da AEViVer, foi extremamente proveitosa, permitindo reflectir, analisar, tirar conclusões e consolidar propostas concretas, na abordagem a questões como, entre outras, a articulação do ensino com as necessidades do mercado de trabalho, o aproveitamento e a adequação das geminações concelhias aos desafios empresariais (nomeadamente no que toca à internacionalização das empresas). Foram também avaliadas as vantagens de se enveredar por uma estratégia concelhia que reconheça, valorize e apoie as empresas e os empresários locais, estratégia em que a autarquia pode, e deve, assumir responsabilidades, acarinhando, desde logo, este movimento associativo.
Conforme salientou o presidente da AEViVer, José Morais, «o desemprego é um factor de exclusão social com consequências devastadoras não só para as famílias que se vêm impossibilitadas de satisfazer necessidades básicas, mas também para as empresas que sofrem com a redução drástica do consumo privado».
No final do encontro, a AEViVer e os representantes do PS destacaram «o nível de desemprego entre os jovens que é trágico. Andou-se durante anos a vender a ideia de que muitas qualificações académicas eram sinónimo de bons empregos e agora não se conseguem colocar os nossos jovens no mercado de trabalho».
Foi ainda apontada a falta de zelo dos parques industriais de Gême e Oleiros e sugerida a implantação, aquando da revisão do PDM, de mini zonas industriais/empresariais em Coucieiro/Pico, Ribeira do Neiva e Arcozelo/Marrancos. A AEViVer e o PS lamentaram a perda de empresas que não se conseguiram constituir no concelho, como o caso da Pelster, empresa Alemã, que iria criar 200 postos de trabalho no sul do concelho ou a unidade fabril na área de componentes desportivos, ligada ao grupo Prébuild, que trocou Vila Verde por Ílhavo, outro concelho PSD.
O não cumprimento dos protocolos feitos entre empresas e a autarquia para a cedência de terrenos para instalar empresas no concelho foi outro dado discutido no encontro. A falta de banda larga de internet tem levado empresas que se pretendiam instalar no concelho, a desistir de fazê-lo. 
«O município deveria aproveitar melhor as  geminações que tem com Lohmar (Alemanha), Petit Couronne (França) e Bom Sucesso (Brasil), e procurar novas geminações em países emergentes. Mais importante que o intercâmbio de jovens seria o intercâmbio de empresários, capazes de, no futuro, gerar empregos para esses mesmos jovens. A autarquia deve facilitar e promover esses contactos institucionais», defenderam ainda os empresários, no que mereceu a concordância dos dirigentes do Partido Socialista.

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