Pires
Mais de mil congressistas de todo o mundo, representando dez associações de feridas crónicas de Portugal, Espanha, Inglaterra, Brasil e EUA, discutem até esta sexta-feira, em Braga, a problemática das feridas crónicas e os seus elevados custos: humanos, para os cidadãos portadores e financeiros, para os Sistemas de Saúde. O 3º Fórum Ibérico de Úlceras e Feridas decorre no Parque de Exposições de Braga, sendo promovido e organizado pela Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho, pela ELCOS - Sociedade de Feridas e pelo Centro de Estudos e Investigação em Feridas.
Cirurgiões gerais e vasculares, dermatologistas, endocrinologistas, nutricionistas, enfermeiros, fisioterapeutas e farmacêuticos vão apresentar conferências e debater em workshops, simpósios e mesas redondas a realidade nacional e o impacto europeu das feridas crónicas nos sistemas de saúde, abordando esta realidade nos contextos da qualidade de vida dos doentes, formação e currículos universitários, especializações médica e de enfermagem e no plano de uma gestão sustentada de recursos financeiros.
O ponto de partida do evento é um estudo nacional da ELCOS que concluiu ser possível poupar 25% em custos diretos no tratamento de feridas com uma prática clínica mais informada e humanizada. O estudo, relativo ao tratamento de úlceras de perna, demonstrou ser possível poupar mais de 50 mil euros em apenas 209 doentes avaliados. Sustenta esta poupança uma redução de 18 para 5 meses no tempo de tratamento da ferida, uma redução dos níveis de dor, uma redução do número de consultas de especialidade, do número de internamentos e de tratamentos por semana.
O Fórum conta com o alto patrocínio do Ministério da Saúde e parceria da Universidade de Évora, da Ordem dos Enfermeiros, da Ordem dos Farmacêuticos e da Ordem dos Médicos. O site oficial é www.sociedadeferidas.pt/forum.
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