Portugal: Bracarense Rui Farinha é um dos mais especializados profissionais do Mundo em trabalhos verticais (Via JN)


Aspire Tower, Catar


Por vezes trabalhamos a 350 metros de altura e com temperaturas a rondar os cinco graus negativos”. Rui Farinha, 33 anos e natural de Braga, viaja pelo Mundo e executa trabalhos verticais, o mesmo será dizer que vive pendurado em cordas, bem lá no alto, como foi o caso recente da Torre Eiffel, onde coordenou as operações.

Último trabalho decorreu na Torre Eiffel, em Paris, onde liderou a equipa que fez manutenção no monumento
“Estava responsável por uma equipa de 35 pessoas que tinha como objectivo pintar o monumento. É aquilo que eles chamam de campanha de pintura e que é feita de sete em sete anos”, contou ao JN Rui Farinha, que foi chamado pela empresa grega responsável pela recuperação do monumento de Gustave Eiffel para ser o director-técnico e responsável pela totalidade da equipa durante os últimos meses do projecto que terminou no passado mês de Dezembro.
No entanto, o mundo laboral nas alturas começou na terra natal, no Estádio Municipal de Braga, em 2004. “Foi o meu primeiro trabalho profissional na área e, apesar dos riscos, foi uma sensação única estar lá no alto a trabalhar naqueles cabos de sustentação das palas do estádio”, disse, lembrando momentos de elevada adrenalina e, ao mesmo tempo, que marcaram o arranque de uma carreira internacional em trabalhos verticais, em projectos como são os casos do novo estádio de Wembley, em Inglaterra, a Aspire Tower, no Catar, ou a base da NATO, na Alemanha, onde andou pendurado num radar.
O bracarense explica que estes “são trabalhos industriais realizados por profissionais de diversas áreas com formação específica em trabalhos em altura e manobras de cordas”. Deste modo, estruturas como a Torre Eiffel ou outros edifícios podem ter intervenções “ sem que tenham de ser montadas estruturas como andaimes e com o mínimo de interferência com o funcionamento”, uma vez que, por vezes, o trabalho que realiza é feito em locais abertos à visita do público.
“Esse foi, aliás, o principal obstáculo e desafio de todo o projecto na Torre Eiffel”, referiu Rui Farinha, que sonha um dia estar pendurado, em trabalho, na ponte D. Luís, no Porto, e na 25 de Abril, em Lisboa.
“Mas escusado será dizer, para quem gosta de estar nas alturas, que queria um dia estar a executar qualquer tarefa de manutenção na Burj Khalifa, no Dubai”, disse o bracarense, sem vertigens e apaixonado pelos trabalhos em altura.

Fonte JN

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