Mundo: Quantos milhões rendem os Óscares às produtoras (Via Jornal Sol)



O frenesim dos preparativos para a noite mais aguardada de Hollywood já arrancou, bem como o tilintar das caixas registadoras das produtoras de cinema. Neste domingo, vão ser várias as estrelas a desfilar na passadeira vermelha estendida à entrada do Kodak Theatre.


Mas, enquanto para actores, realizadores e argumentistas subir os degraus do maior palco de cinema do Mundo significa receber convites para mais projectos e cachets mais elevados, para as empresas cinematográficas implica mais acesso a crédito e investidores.

Prova disso é o efeito que os prémios têm nas receitas e nas acções das produtoras. Desde que foram divulgadas as nomeações para as mais de 20 categorias dos Óscares, no dia 25 de Janeiro, as acções da Walt Disney - produtora responsável pelo filme Toy Story 3 - valorizaram 9%, elevando a capitalização bolsista da produtora a 65 mil milhões de euros (cerca de um terço do Produto Interno Bruto português).

O efeito repete-se na News Corporation, produtora do Cisne Negro, que valorizou 8%. Em bolsa, vale agora cinco mil milhões. Também a Time Warner subiu entretanto 6% e a Sony 5%.

Mas o comportamento da Viacom - detentora dos direitos do Indomável e de The Fighter - foi «o mais surpreendente. A performance dos filmes distribuídos pela Paramount [detida pela Viacom] foi melhor do que se esperava, e as nomeações para os Óscares vão permitir maximizar o efeito dos lucros, das receitas de bilheteira e dos direitos televisivos», diz ao SOL James Dix, responsável pela análise de acções de media e entretenimento da casa de investimento Wedbush.

O filme das subidas

Apesar de a Viacom não fazer parte da nata dos maiores estúdios de Hollywood, este ano somou 21 nomeações, ultrapassando a Disney (13) e os estúdios Fox (12), detidos pela News Corporation. Este recorde já valorizou as acções da produtora em 6%, catapultando-a para uma capitalização bolsista de 20 mil milhões de euros.

Todos querem brilhar na noite dourada dos Óscares. E, no mercado da publicidade, o filme tem contornos de acção, mas também de drama. A luta é renhida e o preço de tabela por cada segundo de um anúncio chega a valer ouro .

No ano passado, a Apple pagou cerca de um milhão de euros por um anúncio de 30 segundos, para mostrar o iPad ao Mundo durante o intervalo da cerimónia, transmitida pelo canal televisivo ABC, detido pela Disney.

Este ano, a 83.ª edição dos Óscares aumentou a fasquia para 1,2 milhões. Mas, mesmo assim, clientes não faltam. A Procter & Gamble e a Unilever mantêm-se como anunciantes, enquanto a Amazon e a Hyundai se estreiam nos intervalos da cerimónia. Aliás, a marca de automóveis decidiu mesmo vestir-se a rigor e contratou Jeff Bridges, um dos nomeados para melhor actor, pelo papel no filme Indomável, para protagonizar o spot.

Durante cerca de três horas e meia, são vários os curiosos e cinéfilos que ficam presos ao ecrã. Uns pelo desfile de vestidos, jóias e acessórios das principais estrelas de Hollywood, outros para ver em directo as condecorações às melhores obras cinematográficas do ano.

Em 2010, a cerimónia dos Óscares teve a melhor audiência de sempre, cativando mais de 40 milhões de espectadores, só nos EUA. Por cá, os principais prémios da indústria de cinema são transmitidos pela TVI desde 1998 e as audiências também não desiludem. O valor médio desde 2007 é de cerca de 190 mil espectadores e a quota de audiência é de 35,8%.

Fonte Jornal Sol por Sara Ribeiro
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