Vila de Prado: Vai a votos no domingo



Um erro nos boletins de voto (ausência da CDU) obriga à repetição das eleições na vila de Prado. Além da Junta de Freguesia, este acto eleitoral está a agitar os partidos com assento no Executivo municipal.

Os quatro mil e setenta eleitores da Vila de Prado vão, no próximo domingo, eleger o presidente da Junta, depois de um erro nos boletins de voto, no passado dia 11, que "esqueceu" a CDU. PSD e PS lutam pela eleição do sétimo vereador (PSD tem 3, PS 2 e CDS-PP elegeu um). Matematicamente, o PS tem a possibilidade de igualar o número de deputados social-democratas, deixando, nesse cenário, o papel de "fiel-da-balança" ao CDS-PP, mas para tal suceder, o PS teria que obter uma votação estrondosa. Como se não bastasse, os elementos que estão à bica nas listas dos dois partidos são ambos de Prado.

Seja como for, o PS acredita na eleição de Rosa Peixoto. "Matematicamente há muita margem de manobra", sustenta Luís Silva, líder concelhio do PS, suportando-se nos votos do dia 11, onde "os pradenses mostraram claramente que reprovaram a política da maioria PSD".

Posição diferente tem António Vilela, presidente de Câmara eleito que aponta a vila de Prado como "um dos melhores exemplos do impulso de desenvolvimento lançado nos últimos 12 anos no concelho de Vila Verde", mostrando-se convicto que, no acto eleitoral de domingo, "o PSD sairá ainda mais reforçado e terá ainda melhores condições para assegurar uma governação segura".

Os vereadores que aguardam o resultado para conhecer se ocupam a cadeira do executivo, fazem leituras diferentes do cenário. Zamith Rosas lembra que o PS "adulterou o discurso, quando falam em 200 votos. Mesmo que o PS repetisse a votação anómala do dia 11, ainda teria que acrescentar 500 votos".

Rosa Peixoto está convencida que atingirá o desiderato, porque "a vila de Prado tem sido esquecida pela câmara PSD que, de repente, se lembrou e começou a anunciar obras para cá. Parece que temem qualquer coisa".

Rui Pedrosa é o candidato do PS à Junta. Está convencido que "as pessoas vão afluir em massa para votar e manifestar, de forma expressiva, a vontade de mudança". Já António Macedo -que tenta a reeleição pelo PSD-, justificou o "resultado anómalo do PS devido à ausência da CDU dos boletins. E muita gente soube que não contava e nem foi votar", alerta.

À porta de uma loja, em pleno centro da vila, um grupo de pradenses discutia o tema do momento. Quase em uníssono, lembram tempos passados, "em que o PSD ganhava sempre para a Junta", para logo enquadrarem que o desequilíbrio agora verificado se ficou a dever ao facto de o PSD "não ter feito muito. Apareceu uma cara nova e as pessoas mudaram, mas agora estão muitas coisas em jogo e os votos vão ser mais equilibrados", antevêem.

No dia 11 de Outubro votaram 2444 pessoas, dos 4070 eleitores inscritos na freguesia de Prado. Fonte JN por Pedro Vila Chã

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