
O concelho de Vila Verde poderá vir a contar com uma fábrica de queijo com capacidade para absorver 30 mil litros de leite de cabra. Trata-se de um projecto pioneiro a desenvolver pela unidade fabril Moinhos Novos, instalada já em Gême, e que promete “gerar uma nova dinâmica no sector agrícola da região”. Para já, o leite é proveniente de Espanha. Mas o objectivo é incentivar a criação animal e a ocupação de zonas de pastoreio do concelho de Vila Verde, sobretudo na zona Norte.
O projecto de expansão da fábrica de Gême terá ainda de ser sujeito a uma candidatura a programas comunitários, estando prevista o desenvolvimento de uma unidade de ponta, que avançará também na produção de iogurte de longa duração, permitindo que os prazos de validade se estendam de nove meses para um ano.
De acordo com os responsáveis autárquicos, “a Câmara Municipal de Vila Verde, a Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), a ATAHCA e a própria empresa, a Moinhos Novos, estão a desenvolver uma parceria conjunta capaz de tornar o projecto uma realidade a breve trecho, através da apresentação de uma candidatura ao PRODER”.
“As condições para o sucesso da candidatura estão quase todas reunidas, uma vez que são necessários incentivos aos produtores para que apostem na produção de leite de cabra com uma capacidade diária de, pelo menos, 30 mil litros”, assinalou o empresário Manuel Barroso, um dos dinamizadores desse projecto.
Numa deslocação ao Parque Industrial de Gême, o presidente da Câmara, António Vilela, observou que “esta é uma oportunidade que Vila Verde, a Região e, sobretudo, os agricultores não podem perder, pois gerará uma nova dinâmica no sector agrícola da Região e a consequente criação de emprego e riqueza”.
“Já temos alguns meios de produção, temos uma unidade a laborar, mas não existe a capacidade de produção de leite exigida”, esclareceu o empresário Manuel Barroso, um engenheiro agrónomo mestrado pela Universidade de Madrid. Segundo o mesmo, “Vila Verde abriu as portas à instalação desta unidade, incentivou e apoiou, mas esta unidade está a funcionar graças a 90% de leite proveniente da unidade de Cáceres, Espanha”.
“Esta unidade que pretendo deslocar de Cáceres para Portugal será uma das maiores, senão mesmo a maior, fábrica de produção de queijos de cabra da Península Ibérica, para além de vir a ser uma unidade de ponta, com a mais sofisticada tecnologia”, vincou o investidor. A terminar, deixou a informação de que “no seu pico de produção, gerará mais de 300 postos de trabalho indirecto, para além de se preparar para abrir um mercado de produção de iogurte de longa duração, uma das poucas existentes na Europa”. Fonte Jornal Terras do Homem
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