
A colocação de mecos no final da variante do Cávado, na ligação a Soutelo, veio atenuar o número assustador de acidentes e mortes naquela via, considerada um ponto negro rodoviário do distrito de Braga. Mas não resolve.
A Estradas de Portugal colocou, recentemente, uns mecos verticais na variante do Cávado, na freguesia de Soutelo, em Vila Verde. Esta foi a resposta que a empresa deu para um problema que se arrastava há anos, com acidentes diários, a grande maioria com mortos e feridos graves. Aliás os relatórios da comissão distrital rodoviária assinalam o final da variante com um dos pontos negros mais preocupantes do distrito. Depois da colocação de uma faixa de rodagem contínua dupla em toda a zona, a EP avançou com aquela solução, que espera que seja definitiva.
A colocação daquelas estruturas tinha sido pedida, em Abril, pelo presidente da Junta de Freguesia de Soutelo, na última Assembleia Municipal. Aprovada por unanimidade, a proposta reclamava a colocação da linha contínua e a colocação dos mecos verticais de separação de faixas de rodagem em toda a extensão do perigoso traçado.
O PS de Vila Verde, do qual o autarca faz parte, congratula-se com a atenção de que a referida proposta despertou nas diversas instâncias, nomeadamente no Governo Civil, e com a intervenção levada a cabo. Mas os problemas na via não acabaram, porque a variante desemboca num cruzamento de acesso a Amares e Terras de Bouro, e o prolongamento pela estrada nacional em direcção a Vila Verde, nos 300 metros seguintes, é uma preocupação.
Um traço descontínuo, de acesso a uma zona privada, imediatamente a seguir ao cruzamento, tem sido responsável por alguns despistes e colisões. Mais à frente, uma saída para o interior da freguesia de Soutelo, é outro dos pontos negros da nacional de acesso ao centro do concelho. Acidentes atrás de acidentes, ainda que sem grandes consequências em termos de vítimas, ocorrem diariamente, piorando o cenário em dias de chuva.
Aliás, o próprio Partido Socialista, na proposta apresentada em finais de Abril, preconiza a extensão da dupla linha contínua e a colocação de mais mecos verticais, "solução mais adequada para evitar os excessos que todos os dias se verificam naquele perigoso troço rodoviário". Os socialistas dizem que, "no que toca a segurança rodoviária, mais vale pecar por excesso de que por defeito", e por isso, reclamam "a atenção devida para a questão, reconhecendo, no entanto, o que já foi feito em prol da redução da sinistralidade daquele ponto negro do distrito". Fonte JN por Pedro Antunes Pereira
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