Póvoa de Lanhoso: Quer transformar a autarquia numa "vila das artes"


A Câmara de Póvoa de Lanhoso tem em funcionamento um Centro de Criatividade, que se centra no teatro e nas artes em geral, com o qual pretende tornar-se uma "vila das artes", disse hoje à Lusa fonte autárquica.

A vereadora Fátima Moreira salientou que o Centro de Criatividade, sedeado numa antiga fábrica no centro da vila, tem incidido a sua actuação na vertente teatral, através da encenação de peças com ligação à realidade local e da formação de técnicos nas áreas necessárias à realização de espectáculos.

"Estamos a formar actores, sonoplastas, luminoplastas, cenógrafos, pintores de cenários e costureiros", referiu.

A autarca social-democrata sustentou que a actividade da infraestrutura, que envolveu este ano milhares de espectadores nas peças de teatro e dezenas de formandos, "terá, entre outras vantagens, a de formar técnicos aptos a responder às necessidades da Capital Europeia da Cultura que decorrerá, em Guimarães, em 2012".

A "criatividade" da Póvoa de Lanhoso passa também, segundo enfatizou a autarca, pela oferta de residências artísticas a actores e encenadores.

"Tivemos duas residências no primeiro ano de actividade, uma de teatro e outra de dança e vamos acolher um encenador belga, a partir de Janeiro, que irá montar, com a sua companhia, uma peça de características circenses", revelou Fátima Moreira.

No domínio do teatro, o Centro de Criatividade de Póvoa de Lanhoso encenou e levou ao palco, na vila e nas aldeias, as peças "Mulheres do Minho" - sobre a revolução da Maria da Fonte - "Castelo das Paixões" e Coração de Ouro", estando actualmente em cena o espectáculo "Visita", que aborda o problema da desertificação das aldeias minhotas.

Pelos ateliers do centro passam, desde crianças do ensino básico a jovens e adultos que, para a autarca, significam o "envolvimento da comunidade e a criação de novos públicos para o teatro e novos actores, encenadores e técnicos".

Os espectáculos e o guarda-roupa são, sempre, montados com aproveitamento de resíduos ou restos de fábricas têxteis, no caso das roupas.

"O nosso director artístico, Moncho Rodriguez, diz que o lixo é um luxo", sublinha Fátima Moreira.

O Centro de Criatividade liderou, também, o processo de estabelecimento de uma rede de rotatividade das peças de teatro, quer no âmbito da Associação de Municípios do Vale do Ave, quer com protocolos com os concelhos de Amares, Vila Verde, Vieira do Minho e Cabeceiras de Basto. Fonte RTP

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