Coucieiro: Criopreservação salva raças ameaçadas



As raças autóctones estão em risco, devido ao abandono rural. Mas há quem trabalhe, há anos, na preservação do património genético, colocando a salvo as sementes do futuro. A AMIBA está na linha da frente desta luta.

A Associação do Minho de Criadores da Raça Barrosã, assim designada por extenso, com sede renovada em Coucieiro, Vila Verde, trabalha no livro genealógico destes animais desde 1993. Ou até antes. O responsável, José Leite, já o fazia antes, por volta da década de 80, no mesmo intuito de preservação e melhoramento da raça. A AMIBA começou só com os bovinos, mas trabalha, actualmente, com mais quatro espécies, duas de caprinos (a churra do Minho e a bordaleira de Entre-Douro e Minho) e três de galináceos.

A criopreservação é já uma realidade para os bovinos e, brevemente, também por "culpa" da AMIBA, sê-lo-á para as galinhas portuguesas, num trabalho paralelo mas entrelaçado, que tem à cabeça a Federação Portuguesa de Preservação de Raças Autóctones (FERA).

Esta entidade, que gere um Centro de Testagem e Colheita de Sémen de Bovinos de Raças Autóctones em S. Torcato, Guimarães, tem garantido a "salvação" e aperfeiçoamento genético de várias raças bovinas, entre elas a barrosã.

Brevemente, será transformada num banco de germoplasma animal (ver texto seguinte). Na AMIBA, uma equipa de 20 pessoas, entre engenheiros zootécnicos, agrónomos, veterinários, economistas, administrativas ou informáticos, levam a cabo um trabalho exaustivo em prol das explorações minhotas, tentando rentabilizar a actividade e evitar a sua morte. "É impressionante o número de pessoas que abandonam a agro- pecuária, devido ao aumento dos custos. Os donos das explorações são idosos e não haverá quem os substitua", explica José Leite. Fonte JN por Denisa Sousa


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