Vilarinho: Penhora leva 200 para o desemprego



Uma têxtil de Vila Verde poderá vir a atirar para o desemprego 200 operários por causa de uma penhora de 28 mil euros, das Finanças de Braga. A gerência da firma pretende negociar a dívida, para manter a fábrica a laborar.

A empresa têxtil Meneses e Pacheco, com sede em Vilarinho, Vila Verde, acusa as Finanças de "inflexibilidade, intolerância, alguma má-fé e intransigência mesquinha" num processo tributário de penhora de bens, no valor total de 28 mil euros. A empresa viu executada a maioria da maquinaria existente nas instalações, num processo que o gerente da empresa, Bruno Pacheco, alega "não ter sido notificado". Já manifestou interesse em "estabelecer um acordo com a Administração Fiscal, por forma a salvaguardar os interesses do Estado, mas também os interesses dos mais de 200 postos de trabalho da empresa, directos e indirectos". As Finanças segundo fonte contactada pelo JN, refugiam-se nas leis fiscais para justificar o acto.

O processo chegou à fase da execução dos bens das instalações da empresa. A mesma que possui um outro pavilhão industrial na freguesia de Barbudo. Ao todo, a empresa assegura mais de 200 postos de trabalho, sendo uma das principais empregadoras do Concelho de Vila Verde. A redução das encomendas, face à crise financeira existente, "a juntar a alguns atrasos consideráveis no pagamento de algumas encomendas realizadas", colocaram a firma numa situação financeira "mais exposta", embora, como assegura o gerente, "vem cumprindo com os pagamentos acordados com os fornecedores, com a banca e com os trabalhadores". Aliás, salienta que "os trabalhadores sempre tiveram os salários em dia".

A publicação da penhora na imprensa, no sábado, deixou o empresário surpreso. "Imaginem o que é receber uma chamada de um amigo, a confrontar-me com a publicação. Pensei logo nos trabalhadores", disse ao JN. Fonte JN por Pedro Antunes Pereira

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