Vila de Prado: Descargas "mancham" o rio Cávado



O Partido Ecologista "Os Verdes" denunciou ontem a crescente poluição das águas do rio Cávado, em resultado de descargas ilegais provocadas por esgotos a "céu aberto" sem ligação, ainda, à rede de saneamento básico.

O Partido Ecologista "Os Verdes" denunciou ontem, na Vila do Prado, Vila Verde, o crescente aumento de poluição do rio Cávado, em resultado de descargas ilegais. Simultâneamente, manifesta-se preocupado com as condições de segurança rodoviária da ponte romana, defendendo, na oportunidade, o fecho daquela via de atravessamento do Cávado e a sua transformação numa passagem pedonal e para percursos de bicicletas.

Margens do rio Cávado, quer na parte da Vila de Prado, quer de Merelim (S. Paio), já no concelho de Braga, foram ontem alvo de uma "inspecção" por parte de uma delegação de "os Verdes", chefiada por Celso Ferreira, a que se juntaram, ainda, elementos da CDU das juntas de Merelim (S. paio) de da Vila de Prado, onde se constatou "in loco" focos de poluição do Cávado.

Trata-se de uma situação "reincidente" e que vai levar agora "Os Verdes" a apresentar uma queixa ao Ministério do Ambiente. "É inconcebível que este rio continue a receber descargas ilegais, devido, essencialmente, à inexistência de redes de saneamento básico nas duas margens do Cávado", disse o dirigente nacional Celso Ferreira.

Em causa, conforme apurou o JN, estão as descargas feitas, principalmente, do lado da Vila de Prado, ainda sem rede de saneamento e onde é visível a "olho nu" manchas de poluição a jusante da ponte romana.

Por outro lado, "Os Verdes" chamam à colação o aparecimento, de dia para dia, de algas no leito do Cávado, chamando a atenção para o nível superior da quota das águas do Cávado, provocado pela mini-hídrica de Prado.

Para Manuel Monteiro, autarca da Assembleia de Freguesia de Merelim (S. Paio), esta situação "impede as melhores condições de funcionamento da praia fluvial da freguesia, pondo em causa a própria segurança dos banhistas, na época balnear que se avizinha".

Inquirido pelo JN, Nuno Ribeiro, da Agere (Empresa de Águas, Efluentes e Resíduos de Braga), rejeita qualquer responsabilidade da empresa municipal na poluição do Cávado, argumentando que, do lado do concelho de Braga, o saneamento "está todo ligado à rede municipal".

Já o mesmo não se passa na margem direita do Cávado, na Vila de Prado, onde o saneamento é "quase inexistente", com várias saídas de esgotos para o rio. Uma situação que vai levar também "Os Verdes" a questionarem, durante este mês, a Câmara Municipal de Vila Verde, sobre as descargas ilegais no rio. Fonte JN por Magalhães Costa

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