As obras de reabilitação rodoviária entre Lage e Vila Verde, iniciadas há quase dois anos, estão paradas há meses. A freguesia está intransitável em vários pontos, com buracos, pequenos aluimentos, sentidos proibidos e circuitos alternativos considerados perigosos. O coração da localidade está destroçado e até os transportes se recusam a circular por ali. Os moradores, já desesperados, preparam um abaixo- assinado. A Câmara pede paciência e explica os motivos dos atrasos.
A empreitada em causa, que prevê o alargamento e a melhoria das vias, é considerada fulcral para o concelho. São obras para a reabilitação da Estrada Municipal 566 e 566-2, entre o caminho municipal 1184 e a Estrada Nacional 201. Em suma, uma alternativa de acesso entre Braga e Vila Verde que minimizará os estrangulamentos de trânsito, na EN 101, em Soutelo e criará um eixo capaz de responder a um aumento da população causado pela forte aposta imobiliária na zona.
Os moradores sabem da importância da empreitada, mas estão "cansados de destruição". Os transtornos são muitos e "não se vêem avanços no terreno, desde o Verão". "O transporte escolar, que leva 15 crianças para Moure, deixou de vir cá. Umas vezes vem, outras não. E quando vem, não consegue dar a volta no largo", revelam.
Os transportes regulares deixaram também de poder entrar no interior da freguesia. "Agora tem de se ir apanhar o autocarro, se ele aparecer, ao cruzeiro, do outro lado da freguesia. Poderíamos ir a pé, mas nem os passeios estão concluídos", critica a comissão de moradores. No Largo do Sobreiro, onde estava a paragem de autocarro, e que servia de ponto de encontro para várias actividades locais, há terra aluída e uma obra "que não se percebe".
"Os encontros eram todos aqui, das festas, das procissões. Acabaram por destruir parte da nossa identidade cultural", queixam-se. O pior mesmo é a falta de explicações. "Onde está o cartaz com a designação do projecto, com os prazos de início e conclusão e os custos? Sabemos que há problemas em negociar terrenos com alguns proprietários, mas porque não pôr um pavimento temporário, para podermos andar de carro, sem ser pelos desvios?", questionam.
Por opção, os sentidos proibidos colocados na obra são desrespeitados, mesmo com a insegurança do piso, agravada pelo Inverno. Os moradores estão a preparar um abaixo- assinado, a enviar à Câmara de Vila Verde. Querem saber por quanto tempo mais vão ter de pagar o preço do progresso e perguntam porque é que se avançou para o terreno, antes de se saber se todos os moradores estavam dispostos a negociar os terrenos.
Maio apontado como mês de todas as decisões
O Chefe de Divisão de Obras Municipais de Vila Verde e responsável pela obra, Costa Pereira, admite os problemas, mas explica os atrasos, enumerando uma série de obstáculos, que se prendem, sobretudo, com os pedidos de autorização para cedência de terrenos com vista ao alargamento do caminho municipal. Primeiro foi o facto de muitos dos proprietários serem emigrantes. "Tivemos de esperar que viessem de férias para que pudessem ver em que moldes ia ser feita a intervenção", refere o engenheiro. Depois foi a "falta de colaboração" de três locais, que se recusaram a negociar os pedaços de terra necessários, inviabilizando o alargamento em 10% da área. "Isso criou alguma inércia e pode até recorrer-se à expropriação, o que atrasará a conclusão total", frisa o responsável. O maior dos entraves pode, contudo, ter sido a necessidade de uma segunda empreitada de grande porte, que coincidiu com a reabilitação a construção de uma conduta de abastecimento de água à parte Sul do concelho. "Não vou construir um pavimento e depois retirá-lo logo a seguir", explica. Fica o ponto da situação: cerca de 90% da via está já alargada. "Assim que a conduta estiver concluída, dentro de cerca de dois meses, será possível avançar, lá para Maio, para a pavimentação desse troço, mesmo que não consigamos chegar a acordo, para já, com os três proprietários", assegura. Fonte JN por Denisa Sousa
A empreitada em causa, que prevê o alargamento e a melhoria das vias, é considerada fulcral para o concelho. São obras para a reabilitação da Estrada Municipal 566 e 566-2, entre o caminho municipal 1184 e a Estrada Nacional 201. Em suma, uma alternativa de acesso entre Braga e Vila Verde que minimizará os estrangulamentos de trânsito, na EN 101, em Soutelo e criará um eixo capaz de responder a um aumento da população causado pela forte aposta imobiliária na zona.
Os moradores sabem da importância da empreitada, mas estão "cansados de destruição". Os transtornos são muitos e "não se vêem avanços no terreno, desde o Verão". "O transporte escolar, que leva 15 crianças para Moure, deixou de vir cá. Umas vezes vem, outras não. E quando vem, não consegue dar a volta no largo", revelam.
Os transportes regulares deixaram também de poder entrar no interior da freguesia. "Agora tem de se ir apanhar o autocarro, se ele aparecer, ao cruzeiro, do outro lado da freguesia. Poderíamos ir a pé, mas nem os passeios estão concluídos", critica a comissão de moradores. No Largo do Sobreiro, onde estava a paragem de autocarro, e que servia de ponto de encontro para várias actividades locais, há terra aluída e uma obra "que não se percebe".
"Os encontros eram todos aqui, das festas, das procissões. Acabaram por destruir parte da nossa identidade cultural", queixam-se. O pior mesmo é a falta de explicações. "Onde está o cartaz com a designação do projecto, com os prazos de início e conclusão e os custos? Sabemos que há problemas em negociar terrenos com alguns proprietários, mas porque não pôr um pavimento temporário, para podermos andar de carro, sem ser pelos desvios?", questionam.
Por opção, os sentidos proibidos colocados na obra são desrespeitados, mesmo com a insegurança do piso, agravada pelo Inverno. Os moradores estão a preparar um abaixo- assinado, a enviar à Câmara de Vila Verde. Querem saber por quanto tempo mais vão ter de pagar o preço do progresso e perguntam porque é que se avançou para o terreno, antes de se saber se todos os moradores estavam dispostos a negociar os terrenos.
Maio apontado como mês de todas as decisões
O Chefe de Divisão de Obras Municipais de Vila Verde e responsável pela obra, Costa Pereira, admite os problemas, mas explica os atrasos, enumerando uma série de obstáculos, que se prendem, sobretudo, com os pedidos de autorização para cedência de terrenos com vista ao alargamento do caminho municipal. Primeiro foi o facto de muitos dos proprietários serem emigrantes. "Tivemos de esperar que viessem de férias para que pudessem ver em que moldes ia ser feita a intervenção", refere o engenheiro. Depois foi a "falta de colaboração" de três locais, que se recusaram a negociar os pedaços de terra necessários, inviabilizando o alargamento em 10% da área. "Isso criou alguma inércia e pode até recorrer-se à expropriação, o que atrasará a conclusão total", frisa o responsável. O maior dos entraves pode, contudo, ter sido a necessidade de uma segunda empreitada de grande porte, que coincidiu com a reabilitação a construção de uma conduta de abastecimento de água à parte Sul do concelho. "Não vou construir um pavimento e depois retirá-lo logo a seguir", explica. Fica o ponto da situação: cerca de 90% da via está já alargada. "Assim que a conduta estiver concluída, dentro de cerca de dois meses, será possível avançar, lá para Maio, para a pavimentação desse troço, mesmo que não consigamos chegar a acordo, para já, com os três proprietários", assegura. Fonte JN por Denisa Sousa
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