Turiz: Morte trágica põe duas freguesias de luto


Maria Fernandes, a mãe do agente Rui Lemos que, anteontem, foi mortalmente colhido por um comboio, em Lisboa, quando tentava socorrer um jovem que estaria embriagado, ainda não acredita no que aconteceu.
“Ele esteve cá na terça-feira, foi com o pai a uma consulta, foi ver os cavalos, que eram uma das duas grandes paixões, e foi à sua vida, bem disposto como sempre”, disse a mãe, com a voz meio embargada.Ontem, na freguesia de S. Torcato, onde há 30 anos nasceu Rui Lemos, as conversas andavam todas à volta do mesmo assunto, do “polícia herói que deu a vida pelo outro”. O mesmo se passava em Turiz, Vila Verde, onde o agente, a prestar serviço na Divisão de Segurança a Instalações, residia com a mulher e os dois filhos (um de três anos e outro de quatro meses).
“A mulher está de todo, coitada, quando olha para os meninos, desfaz-se em lágrimas”, disse ao Correio da Manhã uma amiga do casal. O corpo do agente Rui Lemos sai hoje ao meio-dia de Lisboa e deve chegar a Turiz por volta das 16h00. O funeral, que ainda não tem hora marcada, deverá ter lugar amanhã.Um outro polícia, da esquadra de Belém, e que se lançou também à via férrea na tentativa de salvar o indivíduo, foi igualmente atingido pelo comboio. Está internado em estado grave no Hospital de S. José, mas livre de perigo. Ontem recebeu a visita do secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, José Magalhães, que aproveitou ainda para visitar João Ferreira, o militar da GNR ferido a tiro em Sobral de Monte Agraço, que está na mesma unidade hospitalar.
Fonte Correio da Manhã por Secundino Cunha (Braga), com H.M./R.M.

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