Nacional: Gang de idosos em tribunal

(O "Avô Metralha" é uma lenda do crime nacional)
Começa esta quinta-feira o julgamento do grupo de idosos suspeitos de dois assaltos a uma pastelaria de Abrantes. Do gang fazem parte quatro elementos entre os 62 e os 83 anos mas o mais novo entretanto morreu. Um dos arguidos é uma lenda do crime nacional. Chamam-lhe “Avô Metralha”.

A minha arma mortífera era a esferográfica. Sou contra a violência, fui sempre”, diz o “Avô Metralha”, a quem a sua “arma” valeu 20 anos de prisão em dezenas de cadeias em Espanha, França, Alemanha e Portugal.
Foi especialista em falsificar assinaturas e a sua própria identidade. Foi colombiano, brasileiro e holandês. Vendeu centenas de passaportes falsos e carros também.
Há cinco anos foi para uma aldeia de Abrantes viver com a quarta mulher. Mas os últimos dois anos passou-os em prisão domiciliária, sozinho, sem que isso o impedisse de passear pelas redondezas.
Assume que foi cúmplice na limpeza das prateleiras da pastelaria que arquitectou com o “Orelhas”, de 67 anos, e o António, de 62, que já morreu.
Nos dois assaltos levaram pastilhas, “sugus”, caramelos, uma torradeira, trocos, tabaco e outras miudezas. No total, não roubaram mais de 300 euros.
É a minha coroa de glória”, diz. A Judiciária chamou-lhe "Operação Reforma" mas o “Avô Metralha” ainda não desistiu de dar o último golpe: “Ainda não morri”, diz.
Não quero ficar aqui com a pulseira electrónica. Quero ir para a prisão. Estou lá melhor do que estou aqui em casa, só. Tenho indígenas para falar, velhos conhecidos, joga-se à bola… É outra diversão”, confessa. Fonte SIC Online

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