Minho: Tribunal inicia julgamento de «gang» do Minho

Grupo actuou na região do Minho durante o ano de 2004. No banco dos réus vão sentar-se 14 arguidos acusados de 184 crimes.
O Tribunal de Famalicão inicia hoje o julgamento de um dos dois "gangs do Minho", que actuou na região em 2004 e que engloba 14 arguidos, acusados de 184 crimes, disse fonte judicial.
A fonte adiantou à agência Lusa que um dos arguidos tem paradeiro desconhecido, pelo que o julgamento deverá abranger apenas os outros 13.
Segundo a fonte, os 14 homens, a maioria dos quais estão presos preventivamente, protagonizou, em apenas um mês, uma onda de assaltos que aterrorizou a zona Norte do País.
O "gang" actuava em grupos de cinco indivíduos, sempre encapuzados e armados com caçadeiras, com as quais foram disparados tiros sobre civis e sobre a GNR e a PSP.
Segundo a acusação, a vaga de assaltos começou a 5 de Abril de 2004, em Famalicão, e terminou com a detenção, pela PJ, de vários dos seus membros, numa rua do Porto, no dia 30 do mesmo mês.
Os elementos do "gang" são oriundos das zonas de Gondomar, Valongo e Santa Maria da Feira, vários tinham já cadastro policial, estavam desempregados ou tinham profissão "desconhecida".
A acusação salienta que os roubos do bando resultaram em prejuízos superiores a 500 mil euros para os comerciantes lesados e para a GNR, que viu algumas viaturas atingidas a tiro.
Os arguidos são acusados de crimes de roubo, homicídio tentado, furto qualificado, incêndio, receptação e resistência à autoridade.
O Ministério Público do Tribunal de Barcelos tem também em fase de acusação um outro processo envolvendo um segundo "gang" do Minho, desmantelado pela PJ/Braga, com nove membros, um deles o receptador, e que protagonizou dezenas de assaltos no começo de 2004 em Braga e Viana do Castelo.
Os arguidos foram detidos em Braga, Vila Verde, Póvoa de Lanhoso, Famalicão e Trofa.
Este "gang" tinha como cabecilha o proprietário de um bar de prostituição no bairro das Enguardas em Braga, local onde se combinavam os roubos a fazer durante a noite.
A PJ considera que o grupo é responsável por 95 por cento dos assaltos realizados a ourivesarias, lojas de telemóveis, de informática e de ferramentas da região.
Os arguidos são indiciados por vários crimes de roubo e de resistência à autoridade, com tentativa de homicídio já que, também, dispararam sobre patrulhas da GNR. Fonte Site Portugal Diário

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