Minho: De vento em popa


Lançado concurso para meia centena de quilómetros de linhas eléctricas Negociações com centenas de proprietários está a ser feita lentamente.
Foi lançado o concurso público para a construção de quase 52 quilómetros de rede eléctrica, a ligar à sub-estação de Pedralva, que se estendem ao longo de cinco municípios de Braga e três de Viana do Castelo. Será mais um passo dado no âmbito do Projecto de Potencial Eléctrico do Minho, considerado o maior do País, por contemplar a criação de cerca de 15 parques eólicos e consequente remodelação da rede eléctrica nos seis concelhos do Vale do Minho e parte do distrito bracarense.
Até 23 de Março a empresa "VentoMinho Energias Renováveis" está a receber propostas e pedidos de participação, "economicamente vantajosos", para executar a meia centena de quilómetros de linhas eléctricas, entre Terras de Bouro, Vila Verde, Amares, Póvoa de Lanhoso, Braga, Monção, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, conforme publicação no suplemento do Jornal Oficial da União Europeia.Para suportar a energia produzida por tantos parques, está para breve a construção da estação de recepção e distribuição em Pedralva, em Braga. Uma outra ficará localizada em Vila Fria, já em Viana do Castelo.Apesar de o anúncio ser público, o responsável da firma fez saber que "o momento não é oportuno para declarações". Segundo a publicação, o caderno de encargos poderá ser consultado até ao dia 17 do próximo mês. O prazo de execução para a empreitada é de 10 meses, a partir da data de adjudicação.No terreno andam já equipas a negociar os terrenos com centenas de proprietários. Para a construção da estação de Pedralva, que está a cargo da Rede Eléctrica Nacional, por exemplo, o presidente da Junta, Joaquim Vaz, também ele dono de um terreno, fez saber que há várias pessoas a serem contactadas. "São processos complicados. Cada parcela pode ter mais do que um dono. No meu caso, tenho uma propriedade com cinco irmãos", contou. Desde a sua apresentação pública há três anos, sob a tutela do consórcio Empreendimentos Eólicos do Vale do Minho, o projecto pôs já a funcionar em pleno os parques de Espiga e Arga (Caminha), bem como o de S. Paio (Vila Nova de Cerveira). Ao que o JN apurou junto de fonte oficial, aqueles serão inaugurados em breve. Fora do consórcio, também os concelhos do Vale do Lima se mobilizaram para criar mais cinco infra- estruturas, estando a de Alagoa de Cima (Arcos de Valdevez) e o de Carreço Outeiro (Viana do Castelo) já concluídas.Com execução prevista até 2007, e um investimento de 300 milhões de euros, o projecto tem avançado aos solavancos nos restantes concelhos, nomeadamente em Melgaço (onde ficam os maiores parques), Valença, Paredes de Coura e Monção. Os estudos de impacto ambiental estão todos prontos e, por todo o Minho, decorrem negociações com os donos dos terrenos onde serão instalados mais de cem aerogeradores e linhas de electricidade.
Maior projecto do país
Como foi previsto pela empresa Empreendimentos Eólicos do Vale do Minho (EEVM), os três primeiros parques a avançar foram os do litoral. Só nos seis concelhos abrangidos por esta figura territorial, estavam previstos 12 parques eólicos, que passaram a 15. Se contabilizados os do Vale do Lima, a cifra sobe para 20. Os do interior resultariam de um acordo entre a Rede Eléctrica Nacional, a EDP e a Direcção Nacional de Energia. A ideia, de acordo com o Conselho de Administração da EEVM, seria chegar a uma potência quatro vezes superior à actual, a fim de transformar os municípios em causa em grandes exportadores de energia. "Kuwait do vento ", chegaram a chamar-lhe, tendo em conta a sua dimensão e numa alusão directa à capacidade energética daquele país do Golfo Pérsico, um dos maiores produtores de petróleo do Mundo . Fonte JN por Denisa Sousa

2 comentários:

Anónimo disse...

Con el profesor Cavaco Braga va bien. Todo Portugal será más prospero con la Presidencia del sobrio, sabio y modesto profesor

Anónimo disse...

Se Dom Quixote cá estivesse não se debateria com estes "moinhos de vento" que eu considero uma aberração... pirosos e barulhentos, se este projecto avançar teremos os nossos montes povoados de ventoinhas gigantes...Querem energias alternativas? Apostem na energia solar! Deveriam sim, existir apoios nesse sentido...Mas quê??? Estamos em Portugal e o mais importante é a facturação de meia dúzia de papantes...