Cávado: Transporte intermunicipal para concelhos do Cávado


Associação de Municípios do Vale do Cávado defende soluções alternativas e às carreiras tradicionais TUB admitem estar preparados para concorrer ao mercado regional.
TUB têm vindo a reforçar a rede nos circuitos urbanos, para aumentar a qualidade da ofertaMagalhães CostaAs linhas dos transportes públicos dos concelhos afectos à região do Cávado vão ser, dentro de uma década, geridas pela criação da denominada "Autoridade Metropolitana dos Transportes", cujo estudo avançou, já em 2005, pela Associação de Municípios do Vale do Cávado (AMVC). O estudo - a que o JN teve acesso - levanta, contudo, algumas dificuldades em encontrar uma solução que, baseada no princípio "concorrer para chegar ao mercado", por via de concurso público para a concessão, não afecte interesses legítimos do ponto de vista dos operadores que, actualmente, detêm a concessão de carreiras por zonas territoriais de influência. Isto porque, presentemente, são 11 as empresas de transportes públicos regulares que operam nos concelhos de Braga, Barcelos, Esposende, Vila Verde, Terras de Bouro, Amares, Vieira do Minho e Póvoa de Lanhoso.
A essas operadores privadas junta-se, ainda, os Transportes Públicos de Braga (TUB), a única empresa municipal de transportes na região, que, há dois anos, chegou a equacionar a possibilidade de expandir o seu serviço de transporte público local aos concelhos limítrofes de Braga, nomeadamente Barcelos, Amares e Vila Verde. Um plano que, segundo Vítor Sousa, administrador-delegado dos TUB, "nunca passou de uma mera intenção", no que toca à criação de transporte urbano e suburbano de escala intermunicipal, o que implicava, desde logo, a devida autorização da Direcção-Geral dos Transportes Terrestres.Este projecto, de resto, tinha por suporte técnico o próprio estudo da AMVC, que aponta para a possibilidade futura daqueles municípios exercerem, através da uma autoridade intermunicipal-piloto, "uma capacidade de interferência sobre o mercado", ou seja, a capacidade para contratar a exploração dos serviços de transportes regulares rodoviários nas suas áreas de influência territorial.Em causa está também o futuro do transporte escolar, pelo facto de, segundo António Pérez Babo, um dos promotores do estudo, "não existir futuro no actual sistema de financiamento das deslocações das crianças para as escolas". E, nesse contexto, propõe a criação de um sistema de "transportes universais", satisfazendo as questões de mobilidade da população, estruturados de forma que permita também resolver o problema dos acessos às escolas.Apesar da sua natureza de empresa municipal, os TUB admitem, num futuro próximo, expandir a linha de transportes regulares, apostada, presentemente, no reforço dos chamados "circuitos urbanos" que, na óptica de Vítor Sousa, tem por objectivo o transporte das populações dos novos aglomerados urbanos até aos locais mais centrais da cidade de Braga, e, assim, melhorar a qualidade do meio ambiente. Apesar do seu serviço de natureza municipal, os Transportes Urbanos de Braga (TUB) preparam-se para as exigências do futuro, ou seja, estar preparados para o mercado concorrencial dos transportes públicos rodoviários. Essa é a ideia revelada por Vítor Sousa, que ambiciona que os circuitos urbanos possam, num horizonte de dez anos, ser alargados a uma nova rede de transportes regionais. Contudo, aquele responsável pelos TUB reclama do Governo uma "nova política" de apoio às operadoras de transportes públicos rodoviários, pondo termo a situações "discriminatórias" em relação às regiões do país. "No caso de Braga, somos discriminados pela Administração Central por não beneficiarmos de indemnizações compensatórias, comparativamente ao serviço de transportes colectivos de Lisboa e Porto", disse. Daí que, em parte, os TUB - com um orçamento de 9800 euros - recebam indemnizações compensatórias da Câmara Municipal de Braga, na ordem dos 2200 euros por ano. Uma situação que é justificada por Vítor Sousa pela política social da empresa relativamente aos pensionistas e reformados e comunidade escolar. Com uma frota de 120 viaturas, os TUB têm vindo, na última década, a apostar na renovação das viaturas.
Reclamados novos apoios aos transportes colectivos
Números
11 empresas de transportes públicos regulares operam nos concelhos afectos ao Vale do Cávado (Braga, Barcelos, Vila Verde, Terras de Bouro, Amares, Póvoa de Lanhoso e Vieira do MInho).
1 empresa municipal - os Transporte Urbanos de Braga - com carreiras urbanas e suburbanas limitadas ao concelho de Braga.
358 000 a população afecta aos concelhos do Vale do Cávado, que abrange uma área de 149 quilómetros quadrados.
Fonte JN por Magalhães Costa e Lisa Soares

1 comentários:

Anónimo disse...

É preciso mais trasnporte público
brga esposende, braga póvoa de varzim, apúlia ofir, e visse-versa