Portugal: Reformas esgotam daqui a sete anos (via Ag. Financeira)


  
Os portugueses correm um sério risco de ficar sem reformas daqui a sete anos. É que as contas da Segurança Social entraram em queda livre e o sistema de previdência deverá entrar na «falência» já em 2020, ou seja, dez anos antes do inicialmente previsto.

Em apenas dois anos a sustentabilidade da Segurança Social diminuiu 20 anos, escrevia ontem o jornal «i», que avançou com a notícia. O diário explicou, inclusive, que o Orçamento do Estado para 2013 não prevê, em consequências do impacto da crise na situação financeira do sistema previdencial, a transferência de quotizações dos trabalhadores para reforçar este fundo.

Já esta quarta-feira o «Correio da Manhã» garante que a culpa - das pensões atuais e futuras correrem riscos - é da diminuição das receitas contributivas e do aumento da despesa com prestações sociais. 

Assim, será em 2020 que o saldo da Segurança Social entrará em terreno negativo, tendo em conta que faltarão aos cofres do Estado 344 milhões de euros. Nesse ano, apenas o Fundo de Estabilização Financeira poderá valer para pagar reformas e subsídios em Portugal.

Antes, as projeções só apontavam 2030 como o ano da rutura, com 36 milhões de euros disponíveis. Mas agora, os dados inscritos no relatório do Orçamento do Estado para 2013, antecipam a necessidade «de mais medidas estruturais», além das já adotadas.

Ainda esta semana, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, garantia que «temos de tomar medidas para assegurar a sustentabilidade do sistema para as gerações futuras.

Também Bagão Félix, ex-ministro da Segurança Social, já veio dizer que «nas reformas das prestações sociais já se chegou a um ponto em que é difícil alterar parâmetros».

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