Covas: Tragédia deixou localidade em Choque

(Morreram à porta da Capela, Foto Joaquim Lima)

No regresso a casa, as quatro vítimas terão decidido tomar o pequeno-almoço em Vila Verde e optaram por um trajecto diferentedo que costumam usar
Dois homens morreram ao início da manhã de ontem na sequência de um despiste. Tinham acabado de sair da discoteca e regressavam a casa quando o carro em que seguiam – juntamente com dois colegas, que ficaram gravemente feridos – embateu contra uma capela junto à Estrada Nacional 308, em Lanhas, Vila Verde. O condutor acusou apenas 0,2 g/l de álcool no sangue.
Excesso de velocidade e piso escorregadio, devido à geada, terão estado na origem do despiste do Renault 19, onde seguiam quatro homens solteiros da pequena localidade de Covas, depois de terem saído da Discoteca Lagar’s, em Amares.No regresso a casa, por volta das 07h30, numa zona com lombas de abrandamento, o veículo entrou em despiste ao sair de uma curva à esquerda e acabou por embater com o lado direito numa esquina da Capela do Senhor da Cruz, onde se encontrava em câmara ardente o corpo de uma mulher que foi ontem a enterrar.Os passageiros que ocupavam os lugares da frente e de trás do lado direito da viatura – Luís Gonzaga Cardoso das Neves, um empresário de 34 anos ligado à montagem de elevadores, e Manuel Brito Fernandes, de 38 anos e operário da construção civil – tiveram morte imediata.O condutor – Bruno Miguel Gonçalves Rocha, de 23 anos, que trabalha na montagem de elevadores – acusou 0,2 g/l no teste de alcoolemia e apresenta fracturas nos membros superiores, enquanto um último passageiro – Óscar Manuel Gonçalves Pimenta, um estudante de 21 anos – sofreu ferimentos na coluna e numa perna.
A tragédia deixou a população de Covas em estado de choque. Rosa Oliveira sublinhou que “eram quatro rapazes de bom coração e muita convivência na freguesia, até porque estavam sempre muito ligados à Associação Recreativa local”.“É um choque muito grande para todos, porque ‘foram’ logo dois de uma vez e de uma maneira tão violenta”, lamentou Filomena Brito, frisando que “o ambiente de angústia é ainda mais pesado por não se saber como é que os outros dois [os feridos] irão sair disto”. Fonte Correio da Manhã por Mário Fernandes

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